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Depois de ter sido revelado que o Facebook pagava a jovens para participarem em programas de pesquisa, surgem agora mais informações sobre qual era realmente o público alvo da aplicação “espião” da empresa.

Após a revelação deste escândalo, a plataforma afirmava que os jovens existentes no programa faziam parte de apenas 5% do número total de utilizadores. Este valor foi fornecido por um porta-voz do Facebook na altura em que o caso começou a ser propagado nos meios de imprensa, no entanto pode não ser o verdadeiro valor.

De acordo com o portal TechCrunch, que obteve documentos de um questionário realizado pelo senador Mark Warner ao CEO da rede social, este afirma que o valor de jovens envolvidos no programa de testes pode ser superior, na casa dos 18%.

Este valor aumenta com base em todo o período em que a aplicação espião esteve disponível para os utilizadores, e tendo em conta as contas que, entretanto, ficaram inativas ou de quem desinstalou a aplicação dos seus dispositivos.

Portanto, em números finais, do conjunto de utilizadores de teste do programa Facebook Research, 18% eram jovens. De relembrar que o programa aceitava todos os utilizadores com idades compreendidas entre os 13 e 35 anos, sendo que os utilizadores entre os 13 e 18 anos faziam parte de 22% do conjunto total de utilizadores.

O Facebook também já tinha confirmado no final de janeiro quer os jovens e menores de idade apenas poderiam participar no programa com o devido consentimento dos seus tutores legais, em documentos verificados e assinados pelos mesmos. Desta forma, todos os conteúdos analisados pela plataforma sobre estes utilizadores estaria em conformidade com a autorização dos tutores.