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O TikTok volta a estar no centro de controvérsia, depois de ter sido descoberto um novo conjunto de documentos internos relacionados com a moderação de conteúdos na plataforma. Estes documentos apontam que os moderadores devem censurar vídeos de pessoas “feias”, em ambientes “pobres” ou que tenham algum género de deficiência.

O caso foi reportado pelo portal The Intercept, que teve acesso a alguns documentos internos da empresa destinados aos moderadores da plataforma. Nestes documentos é possível encontrar várias indicações para que determinados conteúdos sejam censurados dentro da plataforma, onde se encontra estipulada a analise de vídeos com pessoas de “forma corporal anormal”. Os documentos indicam ainda outros casos e para diferentes partes do corpo além da cara, como é o caso da barriga ou pernas.

O ambiente em redor do utilizador também seria analisado, sendo que casas antigas, em ruínas ou ambientes em geral inconvenientes seriam também censurados. Nestes casos os moderadores eram instruídos a limitarem a visualização do vídeo dentro dos algoritmos da empresa, o que basicamente iria levar a que os vídeos surgissem a menos utilizadores.

Um porta-voz da empresa ByteDance afirmou que estas regras foram criadas com o objetivo de reduzir as atividades de bullying online, no entanto as mesmas já não se encontravam em uso na plataforma ou nem chegaram a ser aplicadas de todo. Além disso, a confirmar-se, estas regras não iriam ser aplicadas a todos os utilizadores ou países.

Seja como for, é mais um tema do qual a plataforma tem de se voltar a defender, depois de nos últimos dias terem surgido vários casos e acusações contra a aplicação, tanto na censura como a nível da privacidade dos utilizadores.