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A interminável pressão para aligeirar a estrutura de TI e assumir um compromisso com a cloud torna a já complicada vida dos CIOs uma paixão, no pior dos sentidos.
Com o objectivo de dialogar com os clientes que avaliam migrar determinados processos para a nuvem, a Microsoft acaba de publicar uma lista com os cinco itens mais abordados pelas empresas de TI quando chega a hora de efectuar essa migração.
Entre os itens mais relevantes estão o desejo por um compromisso longo e duradouro com os fornecedores de serviços e garantias de desempenho e de segurança dos dados.
Também conta a definição do tipo de parceria a ser formada. Será uma contratação de serviços ou uma parceria comercial?
Quem faz as perguntas é o vice-presidente da Microsoft Online, Ron Markezich (na foto).
As empresas anseiam por fornecedores com um longo histórico de competência e capazes de desenvolver um “roadmap” a longo prazo.
A publicação pode ser uma resposta ao anúncio da Google de já ter conquistado três milhões de clientes empresariais para a sua plataforma de negócios e suítes colaborativas de produtividade.
A Microsoft volta a accionar a antiga tecla do “estamos na nuvem há mais tempo do que qualquer outra empresa, principalmente essa de nome Google”.
A postura da Microsoft é compreensível. Ela tem feito um enorme sucesso com a sua suíte empresarial de produtividade online (ex-BPOS), de nome Office 365. Mas, em Dezembro de 2010, ao não fechar um negócio no valor de 6,7 milhões de dólares em detrimento da adopção do Google Apps, a Microsoft experimentou um duro golpe. As condições do contrato previam a migração de 17 mil contas de funcionários do governo que deixavam plataformas até então consagradas, como o Notes da IBM.
Além disso, a Google fechou contratos com estados dos EUA, como o Wyoming, e interferiu numa negociação entre a Microsoft e o departamento do Interior dos EUA, alegando que as condições da transacção no valor de quase 50 milhões de dólares beneficiava a Microsoft de forma irregular.
Parece bastante óbvio que estamos próximos de uma guerra na cloud e que, no que se refere a clientes governamentais, a Google leva a melhor. Será que tal sucesso se vai reflectir nos contratos com as empresas?
Markezich transforma a Google num alvo contra a qual dispara as perguntas que considera pertinentes os CIOs fazerem quando tiverem de escolher um fornecedor de cloud computing.

Qual é o histórico de sucesso da empresa?
“A Microsoft parte do princípio de que a migração para a nuvem deve ser norteada pela procura do cliente e não pelas possibilidades do fornecedor. E, com a Google, também é assim?”

Quanto custa manter os colaboradores a trabalhar?
“A resposta para a questão do receio de empresas em assumir o Google Docs é respondida pelo pavor que têm em afastar os colaboradores do conhecido ambiente do Microsoft Office. Com pouca interoperabilidade e os limitados recursos do Google Docs, a solução da Google passa a ser excessivamente cara”.

Como são as políticas de privacidade?
“Examine com cautela as políticas de privacidade. É possível determinar a qualquer momento onde estão localizados os seus dados? As soluções da Microsoft são desenvolvidas de baixo para cima, tendo em vista sempre questões de segurança e longa experiência no atendimento de contas empresariais”.

“Roadmap” a longo prazo
“É comum que se vá dormir com alguns recursos da Google e se acorde sem eles. Tais modificações geram confusão e custos perfeitamente dispensáveis. Na Microsoft, não tratamos os clientes como cobaias”.

Para todos?
“Nem todos estão sedeados em Silicon Valley, cercados por computadores de alta performance e ligações à Internet dignas da NASA. Na verdade, o que os clientes querem são soluções para resolver as tarefas com tranquilidade. Para tal, a Microsoft oferece uma vasta gama de serviços feitos sob medida para cada pessoa e para a sua função na empresa”.