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Ao longo dos últimos meses têm vindo a surgir rumores que o Departamento de Justiça dos EUA poderia estar a preparar-se para avançar com medidas contra grandes empresas de tecnologia, como a Google e o Facebook.

Agora, de acordo com o portal WSJ, isso pode mesmo estar muito perto de acontecer, com as autoridades americanas a prepararem-se para avançar com um processo por práticas desleais contra a concorrência no mercado, sendo que o processo vai ser aplicado à Google e ao Facebook.

Esta será a primeira vez que o Facebook é processado por estas práticas por parte do governo norte-americano. No caso da Google, apesar de não ser inédito, a empresa tem vindo a defender as suas práticas ao longo dos últimos meses, basicamente referindo que os consumidores não são obrigados a usarem produtos da Google caso assim não o pretendam, e que os serviços fornecidos encontram-se dentro de um leque de competitividade no mercado.

O caso contra a Google será baseado na forma como a empresa usa a sua posição dentro das pesquisas e das plataformas de anúncios para prejudicar potenciais rivais – como é o caso de obrigar ao uso de motores de pesquisa da Google em dispositivos Android para terem os serviços da Google instalados.

No caso do Facebook, o foco será dado na forma como a empresa tenta prejudicar os rivais através de pressões e também focando nos dados dos utilizadores e como estes se encontram em risco – a aquisição do Instagram e WhatsApp certamente também vão estar em cima da mesa para avaliação pelas autoridades.

Estes casos devem avançar logo no início de 2021, e apesar de não existir nenhuma confirmação oficial, a Google já se encontra a preparar para uma possível defesa. Além do Departamento de Justiça dos EUA, é também possível que a FTC avance com um processo contra o Facebook muito em breve pelos mesmos motivos.

É importante relembrar que o presidente eleito Joe Biden já reforçou várias vezes as ideias de analisar o impacto do Facebook e de outras plataformas sociais sobre a partilha de conteúdo enganador ou falso, e isso pode agora vir a ser alvo de mais análises durante os próximos meses.