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A plataforma Shopify é uma das mais usadas para a criação de lojas online num formato simples e rápido, mas ao mesmo tempo este formato também permite que utilizadores com intenções menos boas também possam usar a plataforma para atividades maliciosas.

E é exatamente esse o resultado que a empresa FakeSpot revelou depois de analisar um conjunto alargado de lojas nesta plataforma. De acordo com os dados da empresa, cerca de 21% das lojas disponíveis no Shopify representam algum género de perigo para os utilizadores.

O Shopify viu as suas receitas crescerem consideravelmente durante a pandemia, em parte porque muitos comerciantes tiveram de começar a adaptar as suas lojas do formato físico para algo virtual, e a plataforma permite criar isso mesmo de forma rápida. No entanto, ao mesmo tempo os criminosos também aumentaram as suas atividades, e a plataforma do Shopify foi uma das que mais sentiu isso.

Das mais de 120.000 lojas analisadas pela entidade FakeSpot, cerca de 21% das mesmas continham conteúdos maliciosos, eram falsas ou apenas pretendiam recolher informações dos potenciais clientes – uma grande maioria estaria também a tentar aproveitar esquemas relacionados com a pandemia, como a venda de material de proteção.

Por sua vez, a Shopify refere que a plataforma tenta sempre analisar este género de casos na sua plataforma e procede com a remoção das lojas que sejam consideradas enganadoras ou falsas. Ainda assim, o processo é considerado como lento e muitas vezes as lojas falsas podem permanecer ativas durante meses antes de serem analisadas ou removidas.

Ao contrário do que acontece em plataformas como a Amazon, o Shopify não permite que os utilizadores tenham uma forma de analisar se uma loja é fidedigna ou não, sendo que também não existe qualquer género de avaliação para os produtos vendidos – ou se existe, este encontra-se em controlo dos detentores das lojas e pode ser facilmente adulterado.