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Não, a Xiaomi não vai bloquear os Serviços da Google de forma global em Qua 3 Fev 2021 - 22:02

DJPRMF

Xiaomi e Google

Recentemente a Xiaomi foi a mais recente empresa a entrar na lista de bloqueio dos EUA, ainda como parte de uma medida aplicada pela administração de Donald Trump dias antes do mesmo abandonar o cargo na Casa Branca.

A listagem coloca a Xiaomi, juntamente com outras 8 empresas chinesas, na lista de entidades que não podem ser financiadas por entidades nos EUA. O Departamento de Justiça dos EUA aplicou a medida alegando que as entidades na mesma possuem relações com o governo chinês e as suas operações militares. A Huawei e a SMIC são algumas das entidades que também se encontram nesta lista das autoridades dos EUA.

No entanto, existe uma diferença importante a ter em conta. Temos verificado que várias entidades têm vindo a sublinhar como a Xiaomi encontra-se agora na mesma lista de bloqueio nos EUA que a Huawei – e que isto poderia vir a ter o mesmo impacto que teve com a Huawei, nomeadamente com a remoção dos serviços da Google dos dispositivos da marca. Estas notícias foram agravadas pelo facto que, recentemente, a Xiaomi também começou a bloquear a instalação dos Serviços da Google em versões do seu sistema MIUI focadas ao público na China – algo que a empresa confirmou estar a realizar.

No entanto, existe uma certa confusão relativamente a este tópico, o qual tem vindo a ser agravado por algumas notícias enganadoras sobre o tema de várias fontes em Portugal.

Huawei logo

Para começar, a Huawei foi colocada na lista negra dos EUA e do Departamento de Comércio, conhecida como “Entity List”, que corresponde a uma lista que impede qualquer entidade na mesma de realizar qualquer género de negócio nos EUA. Isto terá sido o que levou várias empresas localizadas nos EUA a terem subitamente os seus negócios bloqueados com a Huawei – como é o caso da Google, que foi impedida de realizar negócios com a empresa chinesa e, como tal, de fornecer os Serviços da Google. Isto também impede a Huawei de realizar qualquer negócio, ou de usar tecnologias, de empresas em solo americano.

O caso da Xiaomi, no entanto, é ligeiramente diferente. A Xiaomi encontra-se na lista dos EUA de entidades chinesas com relações ao partido comunista da China, que será uma lista associada com qualquer entidade que tenha relações com o governo chinês, sobretudo do foro militar. A colocação de uma empresa nesta lista não impede que a mesma continue a realizar negócios nos EUA, mas impede que sejam realizados financiamentos para a mesma de fontes americanas.

Ou seja, entidades ou investidores que pretendam ter participação na Xiaomi, face a este bloqueio, ficam impedidos de realizar tal medida. Isto não impede as empresas e entidades norte-americanas de continuarem a realizar negócios com a Xiaomi, e desta continuar a realizar negócios com as mesmas. O bloqueio apenas se aplica a quem pretenda investir na Xiaomi a partir dos EUA.

Isto não deixa de ser problemático para a Xiaomi, uma vez que a empresa possui grandes investimentos originários dos EUA. No entanto, não será o mesmo género de bloqueio total que foi aplicado sobre a Huawei – e como tal, é menos restritivo.

Quanto aos Serviços da Google, que parece ser um dos problemas que tem vindo a causar mais dúvidas entre os utilizadores, a Xiaomi continua permitida de realizar negócios com a Google, e como tal, os serviços da mesma vão permanecer na MIUI – pelo menos enquanto o bloqueio for apenas de investimentos.

Quanto ao bloqueio que a Xiaomi encontra-se a realizar na China, e que foi também confirmado pela própria, sobre a instalação de serviços da Google em dispositivos chineses, o caso será ligeiramente diferente. A Google, e vários serviços da mesma, estão desde sempre bloqueados na China, sendo que a praticamente todos os dispositivos vendidos no pais nunca tiveram acesso a qualquer plataforma da empresa.

As medidas recentemente anunciadas pela Xiaomi apenas indicam que a empresa irá impedir que dispositivos vendidos na China, com a MIUI focada a este público, não possam instalar os serviços face à legislação local – algo que, novamente, sempre foi proibido, mas agora vai começar a ser forçado pela Xiaomi.



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