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Com a pandemia chegaram também os novos hábitos para realizar pagamentos, e o uso do MB Way tem vindo a crescer consideravelmente nesta fase. No entanto, a par com o crescimento do uso do MBWay, também aumentaram as situações de esquemas a tentarem aproveitar o desconhecimento de muitos sobre a tecnologia – tanto vendedores como compradores.

Segundo os dados mais recentes, recolhidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), ao longo de 2020 foram registadas mais de 12.000 queixas relacionadas com burlas usando o MBWay, um valor consideravelmente superior ao de anos anteriores.

A grande maioria das burlas tentam aproveitar o desconhecimento no funcionamento deste sistema, seja para vendedores ou para quem compra, levando ao levantamento de dinheiro para terceiros num formato que não seria o pretendido.

Mas para quem tenha sido alvo de uma burla, o que pode fazer para reaver o dinheiro?

De acordo com a DECO, citada pelo portal e-konomista, os bancos não são obrigados por lei a devolver os valores que foram retirados em casos de burlas com o MBWay. Em parte, as autoridades bancárias inibem-se das culpas para reembolsar os pagamentos feitos de forma fraudulenta, alegando que este género de burlas é feito com a colaboração direta das vítimas.

Isto aplica-se até mesmo nas situações onde os possíveis visados possam ter sido burlados por não terem conhecimento sobre a forma como este sistema funciona, mas no final participaram ativamente para levar à burla.

Infelizmente, segundo a DECO, a única alternativa para estas situações será a apresentação formal de uma queixa junto das autoridades, avançando em seguida com um processo judicial para o caso.

No entanto, existem algumas medidas que qualquer utilizador pode realizar para evitar ser vítima de uma burla por este sistema, nomeadamente recusar qualquer pagamento que seja feito de forma suspeita – ou sem ter primeiro conhecimento de como a plataforma funciona – bem como tentar sempre que possível usar métodos alternativos para realizar pagamentos, sobretudo quando estes forem feitos a individuais e não a empresas específicas.