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Foi no início de 2020 que o Parlamento Europeu votou a favor de uma lei para estabelecer um sistema de ligação única para o carregamento de smartphones. Basicamente, o objetivo passa por criar um standard que possa ser usado por todos os smartphones no mercado – invés de se separar em diferentes entradas USB, Lightning, entre outras.

A decisão sobre esta nova lei estava prevista de ser resolvida antes de “julho de 2020”, mas como se sabe, isso não aconteceu em parte devido à pandemia. No entanto, de acordo com a Reuters, a lei deve agora passar para uma proposta já em Setembro, ficando assim mais perto de ser implementada.

Esta nova legislação pode ter impacto para o futuro de uma empresa em particular: a Apple. Esta é praticamente a única empresa no mercado que ainda continua a adotar a sua própria ligação no iPhone, com as entradas Lightning. Os restantes fabricantes praticamente todos já alteraram as suas entradas para o USB-C, criando um padrão que pretende ser o “regular” de se encontrar daqui para a frente.

A Apple foi também uma das empresas que se demonstrou contra a nova lei, por considerar que a mesma iria “sufocar a inovação no mercado”, mas praticamente será uma luta de uma empresa contra todos os restantes fabricantes no mercado.

É importante notar que, de forma recente, a Apple tem vindo a adotar o USB-C também em alguns dos seus produtos, como é o caso de alguns modelos do iPad e MacBook, no entanto, para iPhones, a entrada Lightning ainda é a mais presente.

Se a lei for aprovada, os fabricantes passam a ter de adotar um padrão único para todos os seus futuros dispositivos – que muito possivelmente será o USB-C. De notar que os dados mais recentes apontam que existem atualmente três padrões importantes no mercado: microUSB, USB Type-C e Lightning.

Esta nova legislação iria também ajudar a reduzir os resíduos eletrónicos no mercado, algo que é visto como importante de se resolver. Segundo os dados mais recentes, a humanidade criou mais de 53.6 milhões de toneladas de lixo eletrónico apenas em 2019, e espera-se que estes números venham a agravar-se para o futuro, pelo que é importante aplicar medidas para tentar reduzir os mesmos.