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O Digital Foundry, reputado pelas suas minuciosas análises técnicas a videojogos e hardware, mergulhou no segundo trailer de GTA 6 e partilhou algumas previsões significativas sobre o desempenho do muito aguardado título. A equipa sugere que o jogo da Rockstar deverá correr a 30 fotogramas por segundo (fps) nas consolas e considera pouco provável a sua chegada à futura Nintendo Switch 2. A análise indica ainda que o nível técnico do jogo é tão elevado que mesmo plataformas portáteis de alto rendimento, como o Steam Deck e o ROG Ally, poderão enfrentar dificuldades para o executar com uma qualidade aceitável. Para os especialistas, o conjunto de tecnologias gráficas empregues em GTA 6 posiciona-o entre os mais ambiciosos da sua geração.

Desempenho nas consolas: 30fps como norma

Alex Battaglia, analista do Digital Foundry, antecipa que GTA 6 irá operar a 30fps nas consolas da atual geração. Esta previsão baseia-se na elevada complexidade gráfica do jogo, que inclui tecnologias como ray tracing em tempo real e iluminação global avançada. Esta abordagem alinha-se com a tradição da Rockstar, que já optou por um limite de 30fps em Red Dead Redemption 2 para assegurar uma experiência visual consistente.

Embora não se descarte a hipótese de modos alternativos, como 40fps ou taxas de fotogramas desbloqueadas com suporte a VRR (Variable Refresh Rate), os especialistas consideram que atingir os 60fps será um desafio considerável. Mesmo com uma potencial PS5 Pro, o CPU (unidade central de processamento) seria o principal fator limitante para manter tal desempenho num mundo aberto tão rico em detalhes.

Nintendo Switch 2 e portáteis de fora da equação?

No que diz respeito à compatibilidade com a Nintendo Switch 2, a perspetiva do Digital Foundry é clara: GTA 6 parece ser demasiado exigente para a nova consola da Nintendo. Oliver Mackenzie, outro membro da equipa, destacou que o CPU da Switch 2 seria um dos principais obstáculos, restringindo severamente o desempenho num título com um mundo tão complexo.

Mesmo que se removessem efeitos como o ray tracing e se reduzisse a qualidade da iluminação, a versão adaptada poderia comprometer drasticamente a experiência – algo que a Rockstar poderá não estar disposta a lançar. É importante notar, contudo, que o jogo receberá otimizações para correr na Xbox Series S, onde já tem uma versão confirmada.

Para além da Switch 2, outros dispositivos portáteis como o Steam Deck e o ASUS ROG Ally X também poderão enfrentar dificuldades. Os analistas apontam que, apesar dos seus GPUs (unidades de processamento gráfico) integrados competentes, a limitação imposta pelo CPU nestes aparelhos poderá impedir uma execução fluida e estável de GTA 6. Estes comentários sugerem que, pelo menos no lançamento, GTA 6 será um título concebido primariamente para as consolas de mesa da geração atual e, futuramente, para versões melhoradas como a PlayStation 5 Pro.

GTA 6: Um marco técnico com um custo de acesso

Com base nesta análise, o Digital Foundry sugere que GTA 6 tem potencial para se afirmar como uma montra tecnológica da atual geração de consolas. O nível de detalhe, a qualidade gráfica e a complexidade dos sistemas implementados elevam o jogo a um patamar raramente visto, mesmo entre as grandes produções AAA.

Contudo, esta ambição implica que o título não estará ao alcance de todos os dispositivos, o que poderá gerar alguma frustração junto de uma parte do público, mas também sublinha o foco da Rockstar na qualidade. A análise indica que a Rockstar está a ponderar cuidadosamente o equilíbrio entre o impacto visual e o desempenho.

A aposta nos 30fps não é vista como uma limitação arbitrária, mas sim uma decisão técnica estratégica para garantir uma experiência fiel e estável, um pilar fundamental da filosofia da Rockstar Games. Em suma, as previsões do Digital Foundry pintam GTA 6 como um gigante técnico, mas que, previsivelmente, não será para todas as máquinas.