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Quase exatamente um ano após ter anunciado melhorias de performance significativas, a Google volta à carga para afirmar que o Chrome está mais rápido do que nunca. A gigante das pesquisas detalha, numa nova publicação, os esforços contínuos para otimizar o seu popular browser baseado no Chromium, elevando a fasquia na competição pela supremacia da velocidade.

Esta corrida pela performance não é, contudo, uma prova a solo. Recentemente, também a Microsoft veio a público destacar os ganhos de velocidade impressionantes do seu browser Edge, criando um cenário de rivalidade saudável onde o principal beneficiado é o utilizador.

A bitola é o Speedometer 3.0

Para dar credibilidade às suas afirmações, tanto a Google como a Microsoft recorrem à mesma ferramenta de medição: o benchmark Speedometer 3.0. Esta plataforma de testes tornou-se o padrão da indústria para avaliar a capacidade de resposta e a fluidez dos browsers em tarefas do dia a dia, garantindo que as melhorias anunciadas não são apenas teoria, mas sim ganhos práticos de velocidade.

O que mudou debaixo do capô do Chrome?

Numa publicação no blog oficial do Chromium, a Google explica que a equipa de desenvolvimento se focou em otimizações fundamentais na gestão de memória e no sistema de cache do browser. As melhorias são técnicas, mas o seu impacto é notório na utilização diária. As principais alterações incluem:

• Gestão de Memória Otimizada: Foram redesenhadas várias estruturas de dados internas usadas em componentes cruciais como o DOM (a estrutura de uma página web), CSS e a renderização de elementos. O motor Blink, coração do Chromium, expandiu o uso do seu "recolhedor de lixo" (garbage collector) nativo, o Oilpan, em detrimento de funções de alocação de memória mais genéricas como a malloc, resultando em maior eficiência.

• Melhor Uso do Cache do CPU: O motor Blink foi refinado para evitar "desperdício inútil", aproveitando de forma mais inteligente os caches do processador, o que acelera o acesso a dados frequentemente utilizados.

• Processamento de Strings mais Rápido: O método de hashing para strings foi atualizado para o rapidhash, uma solução que, segundo a Google, melhora consideravelmente a performance em operações que envolvem texto.

• Cache de CSS mais Eficaz: Para tarefas que são inerentemente pesadas, como calcular os estilos CSS de múltiplos elementos numa página, as técnicas de cache foram aperfeiçoadas para aumentar a taxa de acertos e diminuir as falhas, evitando que o browser tenha de refazer trabalho desnecessariamente.

Todas estas mudanças acabam por tornar o Chrome uma alternativa ainda mais rápida por entre todos os navegadores atualmente no mercado. De notar que embora existam certamente outros navegadores baseados em Chromium - a mesma base do Chrome - as diferenças encontram-se em todas as melhorias que são implementadas em cada um.