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A OpenAI, empresa por detrás do popular ChatGPT, anunciou esta quinta-feira a contratação da equipa da Crossing Minds, uma startup especializada em sistemas de recomendação baseados em inteligência artificial para o setor do e-commerce. A equipa da Crossing Minds irá integrar a OpenAI para desenvolver futuros produtos e tecnologias.

Com este movimento, a OpenAI absorve o talento de uma empresa que, apesar de mais discreta no panorama tecnológico, vinha a construir uma base sólida no nicho da personalização de experiências de compra online.

Quem é a Crossing Minds?

A startup, que na sequência deste anúncio já não irá aceitar novos clientes, contava com o apoio de investidores de peso como a Index Ventures, Shopify, Plug and Play e Radical Ventures. Segundo dados da Crunchbase, a Crossing Minds tinha angariado mais de 13,5 milhões de dólares (cerca de 12,6 milhões de euros à taxa de câmbio atual) em várias rondas de financiamento.

O seu principal produto focava-se em analisar o comportamento dos utilizadores em sites de compras para gerar recomendações e insights sobre as suas preferências, prometendo sempre proteger a privacidade dos dados. No passado, a empresa indicava ter na sua lista de clientes nomes como a Intuit, Anthropic, Udacity e Chanel.

Uma "missão que respeitamos profundamente"

Numa publicação no seu site oficial, os cofundadores da Crossing Minds expressaram o seu entusiasmo com a transição. "Juntarmo-nos à OpenAI permite-nos levar o nosso trabalho — e os nossos valores — para uma missão que respeitamos profundamente: garantir que a inteligência artificial geral beneficie toda a humanidade", escreveram.

Os sinais desta mudança já são visíveis. Um dos cofundadores, Alexandre Robicquet, já atualizou o seu perfil no LinkedIn, onde agora se descreve como parte da equipa de "Pesquisa, Pós-treino e Agentes na OpenAI". No entanto, ainda não é claro se toda a equipa da Crossing Minds transita para a gigante da IA.

Um mercado em ebulição

Esta aquisição acontece num momento em que o mercado de assistentes de compras com IA está ao rubro. Empresas como a Google e a Perplexity já lançaram funcionalidades para melhorar as recomendações de produtos, enquanto outras startups, como a Daydream, receberam investimentos avultados para desenvolver assistentes de compras baseados em IA.

A própria OpenAI já tinha dado passos nesta direção no início do ano, quando atualizou o ChatGPT para fornecer recomendações, imagens e análises sobre produtos sobre os quais os utilizadores fazem perguntas, sinalizando um claro interesse em dominar também o espaço do comércio eletrónico.