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A primeira edição dos Jogos Mundiais de Robôs Humanoides chegou ao fim este fim de semana em Pequim, na China, estabelecendo novos recordes para o atletismo bípede, embora ainda demonstre que falta um longo caminho para que as máquinas possam competir com atletas humanos.

Uma competição global em Pequim

O evento de três dias foi um marco na robótica, reunindo mais de 280 equipas de 16 países, incluindo gigantes da indústria como os Estados Unidos, Alemanha, Brasil e, claro, a anfitriã China. A maioria das equipas era proveniente de universidades, mas também marcaram presença empresas de robótica já estabelecidas, como a Unitree e a Fournier Intelligence.

Centenas de robôs competiram numa variedade de modalidades, desde eventos desportivos tradicionais como boxe, futebol e ténis de mesa, até tarefas mais práticas e do dia a dia, como limpeza doméstica ou organização de medicamentos. O objetivo principal do evento foi permitir que as equipas demonstrassem as capacidades dos seus projetos e realizassem testes de stress num ambiente competitivo.

Unitree domina a pista de atletismo

A grande vencedora nas provas de corrida foi a Unitree, que arrecadou medalhas de ouro em quatro categorias: as corridas de 1.500 metros, 400 metros, 100 metros e a estafeta de 4x100 metros. A empresa destacou que a velocidade máxima alcançada por um dos seus robôs durante a competição foi de 4,78 m/s, o que equivale a aproximadamente 17 km/h.

Na emblemática corrida de 100 metros, o robô da Unitree completou a prova em 33,71 segundos. Um feito notável para uma máquina, mas que ainda fica a uma distância considerável do recorde mundial de Usain Bolt, que em 2009 correu a mesma distância em apenas 9,58 segundos.

Ainda há um longo caminho a percorrer

Apesar dos avanços impressionantes, os resultados mostram que a robótica humanoide, embora a evoluir rapidamente, ainda tem muitos desafios pela frente antes de uma adoção em massa. O evento serviu como uma montra do estado atual da tecnologia e, apesar de alguns momentos menos fluidos, como robôs a colidirem uns com os outros, demonstrou o enorme potencial para o futuro.