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Intel em alerta: participação do governo dos EUA pode afastar a China e prejudicar as vendas em Ter 26 Ago 2025 - 9:08

DJPRMF

Intel CEO

O governo dos Estados Unidos adquiriu uma participação de 10% na Intel, tornando-se um dos principais acionistas da gigante de semicondutores. No entanto, este apoio financeiro, concedido ao abrigo do CHIPS Act, pode transformar-se numa verdadeira dor de cabeça, com o CEO da empresa a alertar que o negócio arrisca comprometer as vendas em mercados internacionais cruciais, como a China.

Um negócio com sabor agridoce para os acionistas

O acordo foi anunciado na passada sexta-feira pelo Secretário do Comércio, Howard Lutnick, e envolveu a compra de 433,3 milhões de ações da Intel a um preço de 20,47 dólares cada. Este valor representa um desconto de 4 dólares por ação em relação ao preço de fecho da empresa, uma medida que, segundo a própria Intel, dilui o valor para os acionistas existentes.

Num vídeo divulgado pelo Departamento do Comércio, o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, salientou que a empresa não precisa de subsídios do governo, mas que "espera ansiosamente que o governo dos EUA seja seu acionista".

O aviso do CEO e os receios oficiais da Intel

Apesar da diplomacia, a preocupação é real. Lip-Bu Tan advertiu que a participação estatal pode colocar em risco as vendas internacionais da empresa. Esta preocupação foi formalizada num documento submetido à Securities and Exchange Commission (SEC), onde a Intel alertou para potenciais "reações adversas" de "investidores, funcionários, clientes, fornecedores, outros parceiros comerciais, governos estrangeiros ou concorrentes".

A empresa acrescentou ainda que mudanças no cenário político podem desafiar ou até anular o acordo, criando riscos para os acionistas. "Poderá também haver litígios relacionados com a transação ou de outra forma, e um aumento do escrutínio público ou político sobre a Companhia", refere o documento.

O fantasma da China e o exemplo da Nvidia

As preocupações da Intel têm uma justificação clara. Segundo a Reuters, no ano passado, 76% da receita da empresa veio de mercados fora dos EUA, com a China a representar, sozinha, 29% da faturação total.

A gigante dos processadores quer a todo o custo evitar um cenário semelhante ao da Nvidia. Recentemente, a China lançou uma investigação à Nvidia por suspeitas de "backdoors" nos seus chips de Inteligência Artificial, tendo alegadamente aconselhado as empresas locais a suspenderem a compra dos seus produtos. Para a Intel, uma situação parecida seria desastrosa. Este novo passo surge depois de a Intel ter recebido um investimento de 8,9 mil milhões de dólares da Administração Trump para reforçar a sua posição no mercado americano. A empresa encontra-se agora numa posição delicada, tentando equilibrar o apoio crucial do seu governo com a necessidade de manter a confiança do seu maior mercado internacional.



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