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O popular YouTuber MrBeast, conhecido pelos seus desafios elaborados e ofertas de grande valor, está a preparar-se para explorar um novo território: o lançamento da sua própria empresa de telecomunicações. Aos 27 anos, o criador de conteúdo pretende diversificar o seu império para além do entretenimento digital.

Um YouTuber no mundo das telecomunicações

Segundo informações avançadas pelo Business Insider, que teve acesso a uma apresentação para investidores, MrBeast planeia lançar um serviço de telemóveis já no próximo ano. A mesma fonte indica que o YouTuber e os executivos da Beast Industries estão também a ponderar entrar nos setores de fintech e jogos para dispositivos móveis, alargando ainda mais o seu campo de atuação.

O modelo de negócio: a aposta nas MVNO

O plano de MrBeast passa por estabelecer uma operadora móvel virtual (MVNO), uma estratégia que consiste em oferecer serviços de telecomunicações utilizando as redes já existentes de grandes empresas como a AT&T, T-Mobile e Verizon. Ao formar uma parceria com uma destas gigantes, o YouTuber consegue disponibilizar tarifários acessíveis e um serviço de qualidade sem incorrer nos custos avultados associados à construção de uma infraestrutura de rede própria.

Esta tática é semelhante à que foi utilizada por outras celebridades, nomeadamente pelo ator Ryan Reynolds com a sua operadora Mint Mobile, que foi posteriormente vendida à T-Mobile por um valor a rondar os 1,35 mil milhões de dólares (aproximadamente 1,24 mil milhões de euros). Curiosamente, a T-Mobile, que já colaborou com MrBeast no passado, é uma das empresas que fornece soluções para MVNO.

Uma estratégia para tornar o império rentável

Este novo empreendimento faz parte de uma estratégia mais ampla de MrBeast para expandir a sua marca, que já conta com as empresas alimentares Feastables e Lunchly, bem como uma linha de brinquedos. A criação de uma operadora móvel poderá ser o passo que faltava para o seu negócio global atingir a rentabilidade.

Apesar de contar com uma base de fãs massiva, com cerca de 430 milhões de subscritores no YouTube, o seu negócio de media não tem sido lucrativo. De acordo com a Bloomberg, no ano passado, a Feastables gerou vendas de aproximadamente 250 milhões de dólares e mais de 20 milhões de lucro. Em contrapartida, o seu braço de media, que inclui o canal de YouTube e um reality show na Prime Video, registou perdas de quase 80 milhões de dólares.