Mensagens anteriores

A Meta prepara-se para o seu grande evento anual, o Connect, onde o futuro da realidade aumentada, realidade virtual, inteligência artificial e do metaverso será revelado. Este ano, o evento adota um formato ligeiramente diferente, prometendo novidades de peso que podem redefinir a interação entre o mundo físico e o digital.

O pontapé de saída será dado por Mark Zuckerberg com uma apresentação ao final do dia 17 de setembro, que em Portugal corresponderá às 02:00 da madrugada de 18 de setembro. No dia seguinte, a partir das 19:00 (hora de Portugal continental), os developers terão uma sessão dedicada com outros executivos da empresa. As expectativas estão elevadas, com o lançamento de novos óculos inteligentes e atualizações significativas na área da IA a dominarem as atenções.

Os óculos inteligentes são o prato principal

O grande destaque do evento serão, ao que tudo indica, os novos óculos inteligentes da Meta. O modelo mais aguardado, conhecido internamente pelo nome de código "Hypernova", será o primeiro da empresa destinado ao consumidor com um ecrã integrado. No entanto, não se trata de uma experiência de realidade aumentada imersiva. O pequeno ecrã servirá para visualizar notificações e pré-visualizações de fotos. O controlo será feito através de uma pulseira dedicada que interpreta gestos manuais.

Estes óculos, que poderão chamar-se oficialmente "Celeste", deverão chegar ao mercado ainda este ano com um preço a rondar os 800 dólares (aproximadamente 740 euros à taxa de câmbio atual), possivelmente com a marca Prada, mantendo a parceria com a EssilorLuxottica. O preço elevado sugere um posicionamento de nicho, com analistas a preverem uma quota de mercado reduzida.

Além deste modelo, espera-se uma nova versão dos Ray-Ban Meta, sem ecrã, mas com melhorias na câmara, autonomia e novas capacidades de IA. A Meta poderá também abrir a sua plataforma de óculos a developers de terceiros, o que, conforme aponta o UploadVR, poderá expandir drasticamente as funcionalidades dos dispositivos existentes.

Meta AI e a visão da “superinteligência”

A inteligência artificial será, sem surpresa, um tema central do Connect. Com a Meta AI a atingir mil milhões de utilizadores mensais, são esperadas novas funcionalidades tanto para os óculos como para as aplicações da empresa. Fala-se no desenvolvimento de novos bots "com personalidade" para mercados não anglófonos, embora estes assistentes de IA já tenham sido alvo de escrutínio por questões de segurança.

Mark Zuckerberg deverá aproveitar o palco para detalhar a sua visão de criar uma "superinteligência", um projeto ambicioso que levou a uma reorganização interna e a uma dispendiosa campanha de contratações. Ao mesmo tempo, a empresa enfrenta desafios, com o desenvolvimento do modelo Llama 4 a sofrer atrasos e a circular rumores sobre um possível afastamento da estratégia de código aberto.

E o metaverso? Horizon Worlds e avatares holográficos

Apesar de ter perdido algum protagonismo para a IA, o metaverso continua a ser uma peça importante do puzzle da Meta. O CTO da empresa, Andrew Bosworth, já prometeu novidades de software para o Horizon Worlds, que poderá ser enriquecido com NPCs (personagens não-jogáveis) controlados por inteligência artificial.

No campo do hardware de realidade virtual, não são esperados novos auscultadores Quest. Contudo, poderemos ter novidades sobre os dispositivos de terceiros, como da ASUS e Lenovo, que irão utilizar o sistema operativo Meta Horizon OS. É também possível que a Meta mostre uma versão atualizada dos seus avatares holográficos Codec, talvez uma versão mais simples e compatível com o Quest 3 ou até mesmo com as videochamadas do WhatsApp e Messenger.