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A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), a maior fabricante de semicondutores do mundo, anunciou resultados financeiros impressionantes para o último trimestre, com os lucros a aumentarem quase 40%. O grande motor por trás deste crescimento recorde é a procura insaciável por aplicações de Inteligência Artificial (IA).

Resultados que superam as expectativas

Entre julho e setembro, a gigante taiwanesa registou um lucro líquido recorde de 452,3 mil milhões de dólares taiwaneses, o que equivale a aproximadamente 12,8 mil milhões de euros. Este valor não só representa um crescimento homólogo significativo, como também superou as previsões dos analistas de mercado.

A empresa, que é uma fornecedora de referência para gigantes tecnológicas como a Apple e a Nvidia, já tinha revelado que as suas receitas cresceram 30% no mesmo período, um sinal claro da forte procura pelos seus componentes.

Estratégia em tempos de tensão

Face às crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, a TSMC tem vindo a diversificar a sua produção. A empresa está a investir na construção de novas fábricas nos EUA, especificamente no estado do Arizona, e também no Japão. Esta estratégia visa mitigar os riscos associados à concentração da sua produção em Taiwan.

Recentemente, o secretário norte-americano do Comércio, Howard Lutnick, sugeriu que a produção de semicondutores fosse dividida equitativamente entre Taiwan e os EUA. No entanto, a proposta foi prontamente rejeitada por Taipé, que continua a ser o epicentro da produção mundial de chips. Para reforçar a sua presença nos EUA, a TSMC já se comprometeu com investimentos de 100 mil milhões de dólares, que se somam aos 65 mil milhões anunciados anteriormente.

Analistas da Morningstar acreditam que a procura pelos produtos da TSMC se manterá robusta. "Dada a posição dominante da empresa, duvidamos que venha a ser prejudicada mesmo que enfrente tarifas sobre exportações para os EUA. Esperamos que a procura por soluções de inteligência artificial continue resiliente", afirmaram numa nota recente.