Mensagens anteriores

Linus Torvalds, o criador e principal responsável pela manutenção do kernel Linux, acaba de lançar a segunda versão candidata (Release Candidate) do Linux 6.18. Segundo Torvalds, a semana de desenvolvimento não trouxe grandes surpresas, o que é um bom indicador para um ciclo de desenvolvimento estável e um lançamento atempado.

Ainda assim, esta nova versão chega para corrigir várias regressões que foram encontradas na primeira versão de testes. Felizmente, algumas delas revelaram-se ser apenas problemas de configuração triviais e não erros diretos no kernel.

Uma versão maior, mas dentro da normalidade

Apesar da ausência de surpresas, Torvalds referiu que este lançamento foi "maior que o habitual", conforme anunciado na mailing list oficial do kernel Linux. Algumas das regressões detetadas anteriormente continuam pendentes, mas o progresso está a ser feito de forma gradual. O criador do Linux mostra-se tranquilo, afirmando que, para uma fase tão inicial do ciclo de desenvolvimento, a situação parece "bastante normal".

Um dos problemas de configuração mencionados, por exemplo, estava relacionado com o ambiente de testes QEMU para a arquitetura big-endian SH4, que se veio a confirmar não ser um novo bug do kernel.

Correções e o apelo ao teste

Como é habitual, o anúncio foi acompanhado de um apelo à comunidade para que continue a testar a nova atualização. Recomenda-se, no entanto, que estes testes sejam realizados em máquinas virtuais ou em computadores que não sejam de produção, uma vez que o kernel é um componente de baixo nível e qualquer problema pode causar instabilidade no sistema.

Esta segunda versão candidata trouxe consigo uma série de correções para subsistemas importantes, incluindo KVM, AMDGPU, BPF e sistemas de ficheiros como Btrfs e ext4. O próprio Linus Torvalds contribuiu com um commit que remove uma opção de configuração antiga do ext3, indicando que também estão a ser feitos trabalhos de limpeza e manutenção.

É importante recordar que o objetivo das versões candidatas não é introduzir novas funcionalidades — isso acontece durante a "janela de fusão" — mas sim estabilizar as que já foram adicionadas, garantindo que chegam ao público sem problemas.