
O mundo Linux tem motivos para celebrar. O Flatpak, uma das principais tecnologias de sandboxing e distribuição de aplicações, acaba de receber a atualização 1.17. Esta nova versão traz melhorias significativas na flexibilidade da sandbox, expande as capacidades de distribuição e introduz várias melhorias de usabilidade para utilizadores e integradores de sistemas.
Mais controlo sobre a sandbox
Uma das novidades mais relevantes para os utilizadores avançados é a capacidade de encaminhar diretórios para dentro das aplicações em sandbox diretamente através de argumentos na linha de comandos. Isto simplifica bastante certos fluxos de trabalho.
Além disso, a versão 1.17 introduz o "host-root export", uma funcionalidade que permite expor o diretório raiz do host dentro da sandbox, quando necessário. A pensar no isolamento, o comando flatpak run ganha uma nova opção para limpar as variáveis de ambiente do host, reforçando a separação da aplicação.
Novas capacidades de distribuição e suporte OCI
O Flatpak 1.17 expande horizontes ao adicionar suporte para a instalação direta a partir de imagens OCI (Open Container Initiative). Isto inclui sideloading a partir de repositórios e arquivos OCI.
Para os fornecedores de sistemas operativos, a pré-instalação de aplicações Flatpak foi simplificada: basta agora largar ficheiros nos diretórios preinstall.d.
Melhorias de usabilidade e suporte de hardware
A pensar nos programadores e scripts, muitos comandos passam agora a suportar a saída em formato JSON. A nova versão traz também suporte para a extensão VA-API, essencial para os GPUs Xe da Intel.
Os utilizadores comuns vão notar melhorias no feedback: a plataforma agora envia mensagens claras quando comandos como flatpak document-list ou flatpak uninstall não encontram documentos ou aplicações.
Outras otimizações e correções
Esta atualização inclui ainda suporte para URIs flatpak+https:// nos comandos de instalação e introduz permissões condicionais. Numa nota mais técnica, a configuração D-Bus padrão foi movida de /etc para /usr, e foram feitas melhorias na análise do repositório, isolamento de builds e exportação de metadados AppStream.
A lista completa de alterações, que também inclui várias correções de bugs e traduções atualizadas, pode ser consultada no registo oficial no GitHub.