
A Google deu um passo decisivo para transformar a experiência de condução, iniciando a integração do seu modelo de Inteligência Artificial, o Gemini, diretamente no Android Auto. Esta atualização, que começou a chegar a um grupo restrito de utilizadores, sinaliza o início da substituição progressiva do clássico Assistente Google, prometendo elevar as interações "mãos-livres" a um novo patamar de naturalidade e eficiência.
Conversas mais naturais e focadas na estrada
O grande diferencial desta mudança reside na introdução do Gemini Live, uma funcionalidade que permite aos condutores manterem conversas fluidas com o assistente, sem a rigidez dos comandos de voz tradicionais. Ao contrário do sistema anterior, o Gemini suporta interrupções e perguntas de seguimento, aproximando a interação de um diálogo humano real.
Conforme demonstrado num vídeo de análise recente, esta capacidade permite realizar tarefas complexas enquanto se mantém o foco na estrada. Entre as funcionalidades destacadas, o novo assistente consegue localizar informações específicas perdidas em e-mails, sugerir atrações ou restaurantes nas proximidades e até criar playlists personalizadas no momento. Além disso, a edição e tradução de mensagens tornam-se processos mais ágeis, cumprindo o objetivo da Google de valorizar o tempo de viagem sem comprometer a segurança.
Lançamento gradual e requisitos técnicos
A transição para o Gemini está a ocorrer via servidor e encontra-se numa fase inicial, sendo detetada principalmente por utilizadores das versões beta do Android Auto (especificamente as versões 15.6 e 15.7). Embora a Google ainda não tenha oficializado a lista completa de regiões, já foram reportados acessos à funcionalidade em países europeus como a Alemanha, Itália e Espanha.

Para usufruir desta novidade, é necessário ter a aplicação Gemini instalada no smartphone Android emparelhado. Quando a funcionalidade fica ativa, o condutor é recebido por um ecrã de introdução ao Gemini no painel do automóvel ao tentar acionar o assistente. No entanto, como é habitual em fases de implementação, existem arestas por limar: alguns utilizadores notaram que o sistema ainda tem dificuldades em reconhecer os apelidos (ou "nicknames") atribuídos aos contactos, uma falha que deverá ser corrigida nas próximas atualizações.