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Durante muitos anos, a compra de um telemóvel novo vinha quase sempre acompanhada da aquisição de uma capa e de uma película protetora, considerados acessórios essenciais. No entanto, com a crescente resistência dos smartphones modernos, emergiu uma tendência para utilizar o telemóvel "ao natural", sem qualquer proteção. Mas será que compensa realmente abdicar da capa protetora?

Para tentar responder a esta questão, o jornalista Thomas Germain, associado à BBC na altura da sua experiência, passou um mês a utilizar o seu telemóvel sem este acessório. Vamos partilhar as impressões recolhidas.

O veredicto: afinal, compensa andar sem capa?

A resposta curta, baseada tanto nos testes do jornalista, é que não vale a pena utilizar o telemóvel sem capa. Apesar da evolução significativa das certificações de resistência dos telemóveis nos últimos anos, nada parece substituir a segurança oferecida por uma boa capa protetora.

Quedas laterais, por exemplo, podem facilmente deixar marcas na estrutura do aparelho. Além disso, com o decorrer do tempo, a proteção intrínseca dos smartphones tende a perder eficácia. Desta forma, o dispositivo torna-se progressivamente mais vulnerável aos danos resultantes de quedas.

Assim, apesar dos rigorosos testes realizados pelos fabricantes, o ideal é continuar a utilizar uma capa para prolongar a vida útil do seu telemóvel.

Os perigos de um telemóvel "ao natural"

As certificações de resistência militar e os vidros mais recentes da Corning, como o Gorilla Glass, podem proteger o aparelho de uma ou duas quedas. Contudo, se utilizar o seu telemóvel consistentemente sem capa, a probabilidade de ele sofrer múltiplas quedas aumenta consideravelmente, especialmente tendo em conta que os acabamentos em metal e vidro são, por natureza, bastante escorregadios.

Por outro lado, cabe a cada utilizador ponderar se a estética de exibir o design traseiro original do equipamento compensa o cuidado redobrado que é necessário para evitar acidentes.

Mas atenção: as capas também têm os seus contras

É importante referir que o uso contínuo de uma capa protetora também pode trazer algumas desvantagens, que vão além do simples impacto no design e na estética do aparelho:

• Dissipação de calor: Por estar em contacto direto com a área da bateria, a capa pode contribuir para o sobreaquecimento do telemóvel durante o carregamento. Se notar um aquecimento excessivo, o ideal é remover a capa durante o processo de recarga.
• Ergonomia: Sem a capa, o telemóvel tende a ser mais leve e, consequentemente, mais confortável de manusear.
• Sensação tátil: Para além da leveza, muitos utilizadores preferem a sensação de utilizar o smartphone com o seu acabamento original, sem a interferência de uma capa.

Conclusão: a capa ainda é a melhor amiga do seu telemóvel

Em suma, a menos que seja uma pessoa extremamente cuidadosa, que nunca (ou quase nunca) deixa cair o telemóvel, e que valorize acima de tudo o visual original do aparelho, o mais sensato é continuar a utilizar uma capa protetora. Mesmo com os avanços na resistência dos telemóveis modernos, a proteção extra oferecida por uma capa continua a ser a melhor forma de garantir a longevidade e integridade do seu investimento.