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O Grupo Xiaomi divulgou esta terça-feira os seus resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre de 2025, revelando um progresso notável na sua jovem divisão de veículos elétricos. Durante este período, a gigante tecnológica chinesa entregou 75.869 unidades do seu popular modelo SU7. A empresa anunciou ainda planos para expandir a capacidade de produção, com as entregas acumuladas da série SU7 a ultrapassarem já as 258.000 unidades.

Resultados financeiros animadores no setor automóvel

No primeiro trimestre de 2025, o segmento de veículos elétricos inteligentes e inovação em Inteligência Artificial da Xiaomi gerou uma receita total de 18,6 mil milhões de yuan (cerca de 2,38 mil milhões de euros). Deste montante, as vendas de veículos elétricos foram responsáveis por 18,1 mil milhões de yuan (aproximadamente 2,32 mil milhões de euros), enquanto outros negócios relacionados contribuíram com 500 milhões de yuan (cerca de 64 milhões de euros).

A margem de lucro bruto deste segmento situou-se nos 23,2% no trimestre. No entanto, registou-se um prejuízo operacional de 500 milhões de yuan (aproximadamente 64 milhões de euros). Com base nestes números, a Xiaomi teve uma perda média de 6.500 yuan (cerca de 832 euros) por cada veículo vendido no primeiro trimestre de 2025. Este valor representa uma melhoria substancial face a 2024, ano em que a divisão automóvel da empresa registou um prejuízo líquido de 6,2 mil milhões de yuan (aproximadamente 794 milhões de euros) com 136.854 veículos entregues, correspondendo a uma perda média de cerca de 45.000 yuan (aproximadamente 5.760 euros) por unidade.

O caminho para a rentabilidade

Lu Weibing, Sócio e Presidente do Grupo Xiaomi, já tinha explicado anteriormente que o negócio automóvel da empresa ainda se encontra numa fase inicial e não atingiu a escala necessária para ser lucrativo. Salientou que os pesados investimentos iniciais e a alocação de custos, inerentes à construção de fábricas próprias e ao desenvolvimento de tecnologias nucleares proprietárias, resultaram em perdas nesta fase de arranque, um padrão observado em toda a indústria de veículos elétricos. Lu Weibing previu que, com o aumento do volume de entregas, as perdas continuarão a diminuir à medida que as economias de escala se tornarem mais evidentes.

Considerando as tendências atuais, especialmente a forte procura pelo modelo SU7 Ultra, que tem um preço mais elevado, o negócio automóvel da Xiaomi está bem encaminhado para atingir o ponto de equilíbrio ou mesmo começar a gerar lucros já no segundo trimestre de 2025.

YU7: O próximo trunfo da Xiaomi gera enorme expectativa

Durante a apresentação dos resultados, Lu Weibing destacou também a entusiástica resposta do mercado ao futuro modelo YU7 da Xiaomi. Revelou que, após a pré-apresentação do YU7, o interesse dos clientes excedeu o registado pelo SU7 numa fase comparável. Até 25 de maio, o número de utilizadores que forneceram informações de contacto após o "Evento de Lançamento Tecnológico do YU7" foi aproximadamente três vezes superior ao do evento de lançamento do SU7 durante o mesmo período. "O YU7 apela a um público mais vasto que o SU7, e estamos muito confiantes nas suas perspetivas," afirmou Lu Weibing.

O lançamento oficial do YU7 está agendado para julho deste ano. Os rumores sugerem um preço inicial de 245.900 yuan (cerca de 31.475 euros). Este valor posiciona-o de forma competitiva face ao renovado Model Y da Tesla, cujo preço na China começa nos 263.500 yuan (aproximadamente 33.730 euros) para a versão de autonomia padrão e 313.500 yuan (cerca de 40.130 euros) para a versão de longo alcance com tração integral.