
Apesar das melhorias significativas que a Apple introduziu no novo iPhone 17 e do design ultrafino e apelativo do iPhone Air, a empresa manteve uma limitação que transita diretamente da geração anterior. Um olhar mais atento às especificações revela que as portas USB-C dos modelos mais acessíveis continuam presas ao protocolo USB 2.0, resultando em velocidades de transferência de dados bastante inferiores às dos seus irmãos da linha Pro.
Uma herança da geração anterior
Esta não é uma novidade para quem segue os lançamentos da Apple. Desde a transição para o USB-C com o iPhone 15, a empresa tem diferenciado os seus modelos através da velocidade de transferência de dados. Enquanto os modelos Pro beneficiam de protocolos mais rápidos, ideais para transferir grandes ficheiros de vídeo ou fotos em formato RAW, os modelos base ficam-se pelo padrão USB 2.0, com velocidades que rondam os 480 Mbps.
Para a maioria dos utilizadores, que usam a porta USB-C quase exclusivamente para carregar o telemóvel, esta limitação pode passar despercebida. No entanto, para quem gosta de fazer cópias de segurança locais ou transferir vídeos longos para um computador, a diferença é notória, podendo transformar uma tarefa de segundos em minutos de espera.

A lógica da Apple e o calcanhar de Aquiles do iPhone Air
A justificação da Apple parece assentar na segmentação do público. Os modelos Pro são direcionados para profissionais e criadores de conteúdo, que fazem um uso intensivo de acessórios como SSDs externos e precisam da máxima velocidade possível. Por outro lado, o utilizador típico do iPhone 17 base não teria a mesma necessidade.
Contudo, esta lógica torna-se mais difícil de aceitar no caso do iPhone Air. Posicionado para competir com outros topos de gama como o Galaxy S25 Edge, e com um preço que o aproxima perigosamente da versão Pro, manter uma porta USB-C tão lenta parece um corte de custos difícil de justificar num aparelho com aspirações premium.
Mas há boas notícias noutras frentes
Ainda assim, seria injusto não reconhecer os enormes saltos qualitativos que a Apple deu nos modelos deste ano. O iPhone 17, por exemplo, finalmente abandona os 60 Hz e adota um ecrã Super Retina XDR OLED com tecnologia ProMotion a 120 Hz, uma das maiores críticas feitas aos seus antecessores. A isto junta-se o novo e potente processador A19, melhorias na câmara e uma maior autonomia de bateria.
Já o iPhone Air destaca-se pelo seu corpo extremamente fino de apenas 5,6 mm, mantendo elementos de topo como o chip A19 Pro e um ecrã de 6,5 polegadas. Resta saber se estas qualidades serão suficientes para compensar a desvantagem na velocidade de transferência, uma característica que, com sorte, a Apple poderá uniformizar em toda a gama nas próximas gerações.