
A recém-formada Paramount Skydance, resultante da aquisição da Paramount pela Skydance, planeia apresentar uma proposta para comprar a Warner Bros. Discovery, de acordo com informações avançadas pelo The Wall Street Journal. Este movimento surge pouco depois de a Skydance ter adquirido a Paramount por 8 mil milhões de dólares, um negócio viabilizado pelo apoio financeiro de Larry Ellison, o bilionário pai do novo CEO da Paramount Skydance, David Ellison.
Apesar dos planos públicos da Warner Bros. Discovery de se dividir novamente nas empresas Warner Bros. e Discovery Global, a oferta da Paramount Skydance será pela totalidade da companhia, incluindo as suas redes de cabo e o seu estúdio de cinema.
Um negócio de gigantes com poder bilionário
Uma aquisição bem-sucedida da Warner Bros. Discovery representará um investimento colossal. Segundo o The Wall Street Journal, a capitalização de mercado da Warner Bros., avaliada em quase 33 mil milhões de dólares (cerca de 31 mil milhões de euros), é mais do dobro da da Paramount Skydance, o que demonstra a ambição e a escala do negócio em cima da mesa.
Uma maior consolidação na indústria do entretenimento resultará provavelmente em filmes e séries menos variados, um cenário que preocupa os consumidores numa altura em que gigantes do streaming já ajustam os seus preços e políticas. No entanto, uma fusão entre estas duas potências poderia também concentrar ainda mais poder nas mãos do governo federal norte-americano.
A sombra da política e o precedente da FCC
A aprovação regulatória de um negócio desta dimensão não é garantida e o processo anterior de aquisição da Paramount pela Skydance serve de precedente. Antes da conclusão desse negócio, a CBS pagou 16 mil milhões de dólares para resolver um processo judicial com Donald Trump, o que poderá ter influenciado a posição do então presidente em relação à aquisição.
O compromisso da Skydance em abandonar os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) na CBS e em tornar a rede de televisão um espelho de "uma diversidade de pontos de vista em todo o espectro político e ideológico" foi também citado como justificação para a aprovação da FCC. Após o acordo, a Paramount nomeou Kenneth Weinstein como Provedor para "rever questões editoriais e preocupações de entidades externas e funcionários", segundo a Variety. Weinstein foi anteriormente conselheiro da administração Trump.
A fusão de dois gigantes de Hollywood impacta obviamente a concorrência. A questão agora é como a FCC irá responder a esta possível aquisição, com ainda mais dinheiro e poder em jogo.