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Há ouro no seu lixo eletrónico: novo método de extração dispensa químicos tóxicos em Seg 15 Set 2025 - 12:22

DJPRMF

ouro em estado puro

 

Sabia que os seus telemóveis e portáteis antigos guardam um tesouro? Literalmente. Estima-se que, em 2022, o mundo tenha gerado 62 milhões de toneladas de lixo eletrónico, um número que deverá atingir os 82 milhões em 2030. Este desperdício contém metais preciosos, incluindo ouro, mas menos de um quarto é devidamente reciclado. Agora, uma equipa de cientistas encontrou uma forma mais segura e ecológica de recuperar este ouro, usando um químico comum no tratamento de piscinas.

 

O estudo, publicado na revista Nature Sustainability, apresenta uma alternativa promissora aos métodos tradicionais de extração de ouro, que recorrem a substâncias altamente tóxicas como o cianeto e o mercúrio.

 

O crescente problema da mineração tóxica

 

O ouro é um metal fundamental em várias indústrias, desde a joalharia à eletrónica e até à exploração espacial. Contudo, a sua obtenção tem um custo ambiental elevado. A mineração em larga escala utiliza frequentemente cianeto para dissolver o ouro do minério, um processo que pode contaminar ecossistemas e prejudicar a vida selvagem.

 

Por outro lado, a mineração artesanal e de pequena escala recorre ao mercúrio, que se funde com o ouro. Este método é a maior fonte de poluição por mercúrio do planeta, representando um grave perigo para a saúde dos mineiros e para o ambiente.

 

Uma solução vinda da piscina

 

A equipa da Universidade Flinders, na Austrália, desenvolveu um processo que dispensa estes químicos perigosos. O ingrediente principal é o ácido tricloroisocianúrico, um composto já amplamente utilizado na limpeza de piscinas e tratamento de águas.

 

Quando ativado com um catalisador em água salgada, este químico consegue dissolver eficazmente o ouro, seja de minério bruto ou de placas de circuito de computadores velhos. O ouro dissolvido é depois "capturado" por um polímero especial feito de enxofre elementar, um subproduto barato e abundante da indústria petrolífera. Este polímero é seletivo, conseguindo isolar o ouro mesmo na presença de outros metais.

 

Um ciclo verde e reutilizável

 

Uma das grandes vantagens deste novo método é a sua sustentabilidade. Depois de o ouro se ligar ao polímero, pode ser recuperado em estado de alta pureza através de aquecimento (pirólise) ou revertendo o polímero ao seu estado original (despolimerização).

 

Isto significa que tanto o polímero como o químico usado para dissolver o ouro e a própria água podem ser reciclados e reutilizados no processo, minimizando o desperdício. Os testes, segundo o The Conversation, confirmaram a eficácia do método em minério e em diversos tipos de lixo eletrónico.

 

O futuro da mineração pode ser urbano

 

Embora os resultados sejam promissores, os investigadores admitem que ainda há trabalho a fazer para otimizar o processo e garantir que é competitivo em termos de custos. O objetivo é não só criar uma alternativa mais segura para a indústria, mas também apoiar os milhões de mineiros artesanais que dependem de métodos perigosos para a sua subsistência.

 

Além disso, esta tecnologia abre portas à chamada "mineração urbana", ou seja, a recuperação em larga escala de metais preciosos a partir do nosso lixo eletrónico. Esta abordagem poderia reduzir significativamente a necessidade de mineração primária, diminuindo o seu enorme impacto ambiental e tornando a indústria tecnológica um pouco mais sustentável.



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