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Com as eleições autárquicas de 2025 a aproximarem-se em Portugal, o TikTok anunciou um conjunto de medidas robustas para proteger a integridade da plataforma e combater a desinformação. A principal novidade é o lançamento de um Centro Eleitoral dentro da aplicação, um espaço dedicado a fornecer aos utilizadores portugueses informação fidedigna e verificada sobre o ato eleitoral.

Esta iniciativa surge na sequência de esforços semelhantes em mais de 200 eleições a nível mundial, incluindo as recentes legislativas em Portugal. Segundo um comunicado da TikTok, o objetivo é garantir que a plataforma continua a ser um espaço de expressão respeitador, capacitando os eleitores a distinguir factos de ficção.

Um guia central para o eleitor

Desde o dia 17 de setembro que os utilizadores em Portugal podem aceder ao novo Centro Eleitoral. Este hub de informação centraliza recursos essenciais em português, como ligações para fontes oficiais que explicam onde e como votar, datas importantes do calendário eleitoral e guias sobre literacia mediática para ajudar a identificar notícias falsas.

Para garantir que a informação chega ao maior número de pessoas, o TikTok irá promover ativamente o centro através de sugestões de pesquisa, etiquetas em vídeos relevantes e em conteúdos partilhados por contas de governos, políticos e partidos políticos. A empresa revelou ainda que dialogou com os reguladores nacionais para alinhar a sua abordagem com as necessidades do processo eleitoral português.

Combate à desinformação e às redes de influência

A plataforma vai intensificar a luta contra conteúdos nocivos através de uma equipa local dedicada às eleições, que trabalhará em conjunto com as tecnologias de moderação. As políticas da empresa proíbem a partilha de desinformação prejudicial. Conteúdos não verificados poderão ser sinalizados, tornando-se inelegíveis para recomendação no feed "Para Si" e exibindo um aviso aos utilizadores antes de serem partilhados.

Para reforçar a verificação de factos, o TikTok colabora com mais de 20 organizações globais, incluindo o Polígrafo em Portugal. Esta parceria visa avaliar a precisão dos conteúdos e produzir vídeos educativos sobre desinformação, que estarão disponíveis no Centro Eleitoral. A plataforma mantém-se também vigilante contra operações de influência oculta, como redes de bots, proibindo e reportando mensalmente estas atividades no seu Centro de Transparência.

Regras apertadas para IA e anúncios políticos

Com a crescente sofisticação da inteligência artificial (IA), o TikTok exige que os criadores identifiquem claramente conteúdos realistas gerados por esta tecnologia. A plataforma utiliza ferramentas próprias e as Credenciais de Conteúdo (C2PA) para rotular estas criações. Qualquer conteúdo gerado por IA que seja considerado prejudicial, como a representação falsa de figuras públicas, é estritamente proibido, mesmo que esteja assinalado.

Mantendo a sua política de longa data, o TikTok proíbe anúncios políticos pagos. As contas pertencentes a governos, políticos e partidos não podem utilizar ferramentas de publicidade ou monetização. A única exceção aplica-se a entidades oficiais responsáveis pelas eleições, que podem divulgar anúncios informativos sobre como e onde votar.