A indústria musical e, sobretudo, as editoras têm vindo ao longo dos anos a lutar constantemente contra a pirataria. Depois de terem partido, de forma agressiva, numa luta contra portais e sites que distribuíam os conteúdos pela Internet, o alvo agora pretende ser outro.
Atualmente, os fornecedores de acesso à Internet podem verificar quando um determinado utilizador realiza downloads ilegais. Em certos países existe mesmo uma política de avisos para estas situações, onde os utilizadores serão alertados caso sejam detetadas atividades ilegais, antes de se proceder para medidas mais drásticas.
No entanto, as editoras pretendem agora focar-se em atingir diretamente os ISP, invés dos utilizadores ou gestores de sites ilegais. Num recente caso apresentado nos tribunais dos EUA, várias editoras começaram a processar 18 empresas fornecedoras de serviços de Internet, alegando que estas não foram capazes de parar os piratas de realizar downloads ilegais nas suas infraestruturas.
Uma dessas empresas é a “Grande Communications”, que em comunicado revela que esta ação é “absurda”, forçando os ISP a tornarem-se vigilantes de “copyright” sobre os seus clientes. Se este caso acabar por ser favorável para as editoras, poderá ter graves consequências no futuro, forçando muitos outros ISP a filtrarem ainda mais os conteúdos que os seus clientes acedem.
Além disso, com esta filtragem e consequente bloqueio do acesso se verificada atividade ilegal, várias entidades poderiam perder acesso à Internet mesmo que não tenham sido diretamente envolvidas em casos de downloads ilegais. Como exemplo, uma ligação de um escritório, onde é possível que algum funcionário realize estas atividades, poderia ficar sem acesso à Internet por inteiro.
De momento o caso ainda se encontra em análise pelas autoridades competentes, mas será certamente interessante verificar-se o resultado final, e sobretudo qual o impacto do mesmo para a indústria.
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