Para entender melhor o Linux, é preciso compreender suas origens, isto é, seu histórico e as razões que levaram-o ao sucesso. Continue lendo e conheça!
Um pouco de sua história.
Tudo começou com o Unix, o Pai de todos os sistemas operacionais, este era distribuído em diversas versões, sendo sua versão mais famosa o Linux.
O Unix foi criado no final da década de sessenta pelos programadores Ken Thompson, Dennis Ritchie e Brian Kerninghan. O nome Unix, que originalmente era escrito como 'Unics', é um acrônimo de Uniplex Information and Computig System.
Foi a AT&T que o nomeou como Unix, inicialmente qualquer um que tivesse interesse no sistema podia pedir ao Bell Labs uma fita com o software e os manuais impressos por um preço muito acessível, e por não se tratar de um software proprietário qualquer um podia modificar o sistema a partir de suas necessidades, que é o que acontece hoje com o Linux.
Em 1970, desenvolvedores da Universidade de Berkley na Califórnia, realizaram um trabalho de extrema importância no código fonte do Unix, era o surgimento do protocolo TCP/IP. O resultado desse trabalho, foi a versão BSD (Berkley System Distribution) do Unix, de tamanha importância que, até os dias atuais existem distribuições baseadas nesse sistema, tais como a OpenBSD e a NetBSD.
Ao longo do tempo a popularidade do Unix só aumentou, e desde a concessão a AT&T, o código fonte do Unix se tornou proprietário, dando origem ao AT&T UNIX.
Softwares proprietários acabaram se tornando uma tendência, e um número maior de empresas começaram a aderir a esse modelo. No entanto na década de oitenta, com desenvolvimentos liderados por Richard Stallman, a situação começara a mudar. Foi então que revoltado com a ideia de não poder compartilhar suas descobertas e melhoras nos produtos existentes, que Richard começaria um projeto de criar uma espécie de Unix, só que agora, com código aberto e livre. Assim nascia o GNU no final de 1983.
A licença do GNU permitia a qualquer usuário copiar, distribuir e alterar sua cópia do programa, ou seja, tendo liberdade total de criar sua própria distribuição do sistema.
O que significa Open Source?
O termo Open Source, se refere as iniciativas de código aberto e disponíveis para programadores, surgiu pela primeira vez em 1998, e é usado para se referir a softwares livres, ou seja, que não são proprietários.
Havia um medo de que a o termo ‘livre’, trouxesse consigo uma rejeição por parte das pessoas não familiarizadas com os softwares livres. O que levou então, a necessidade de se criar a OSI (Open Source Iniciative), que foi fundada com o propósito de promover softwares de acordo com a Open Source Definition.
Como surgiu o Linux?
No inicio da década de noventa, um estudante finlandês granduando em Ciência da Computação pela Universidade de Helsinque, teve a brilhante ideia de modificar o kernel do Minix, com a ambição de criar uma versão melhor do mesmo.
Para publicar o Linux, ele utilizou a licença GPL, assim o sistema poderia ser copiado, utilizado e alterado livremente, e com o auxílio da internet, o Linux começou a se popularizar e ser modificado por diversos programadores diferentes.
O Linux se tornou tão popular que suas distribuições hoje são seguras, confiáveis, modernas e práticas, exemplos do sucesso são o Ubuntu, o Mint e o Mageia.
Diretórios do Linux
/ = É a raiz,ou seja,o diretório principal do sistema. Todos os outros diretórios são sub-diretórios da raiz.
/home = Armazena diretórios e arquivos de trabalho dos usuários comuns do sistema.
/root = Armazena diretórios e arquivos de trabalho do superusuário (root).
/boot= Contém o kernel e todos os arquivos necessários para a inicialização do sistema.
/bin = Contém aplicativos e utilitários do sistema.
/sbin= Contém ferramentas de configuração e manutenção do sistema. Alguns aplicativos acessíveis apenas ao superusuário são instalados neste diretório.
/srv = Dados de serviços fornecidos pelo sistema.
/lib = Contém as bibliotecas compartilhadas e os módulos do kernel.
/media = Ponto de montagem para mídia removível.
/dev = Contém todos os dispositivos do sistema, tais como: modem, HD, PenDrive, CD-ROM, entre outros. Esses diretórios são utilizados para troca de informações, não possuindo existência real.("dev" é a abreviação de device, que significa dispositivo em inglês).
/etc = Contém todos os arquivos de configuração do sistema.
/tmp = Diretório reservado aos arquivos temporários utilizados por algumas aplicações. Como ocorre em muitos outros sistemas operacionais, durante a execução de programas são gerados arquivos temporários, inúteis após a conclusão do processo. Esse tipo de lixo digital é colocado no diretório /tmp para que possa ser removido rapidamente, sem risco de apagar arquivos importantes.
/mnt = Diretório reservado para montagem de dispositivos e sistemas de arquivos em partições e discos locais e de rede.
/proc = Contém informações sobre os processos em execução no sistema. Assim como no diretório /dev, os arquivos e subdiretórios aqui contidos não são reais, sendo utilizados apenas como arquivos de troca.
/usr = Programas de usuários, sistemas de janelas X, jogos entre outros. Os links de alguns programas costumam ser instalados aqui.
/var = Contém arquivos de dados variáveis como log do sistema e diretórios de spool.
/opt = Diretório reservado para instalação de aplicações de terceiros como OpenOffice, softwares pagos etc.
/usr/bin = Contém ferramentas e aplicativos de cada usuário. Ao criar uma nova conta de usuário, o sistema cria automaticamente uma pasta /usr/bin.
/usr/dict = Diretório em que são armazenados os dicionários (o nome dict deriva do inglês dictionary) e as listas de termos do usuário.
/usr/doc = Esse diretório contém a documentação do sistema em uso.
/usr/games = Quem disse que no Linux não se pode jogar? Esse diretório traz alguns aplicativos interessantes para a diversão dos usuários.
/usr/info = Nesse diretório encontramos os arquivos peara o sistema GNU Info,baseado em hipertextos.
O que é uma distribuição?
Para entendermos o que é uma distribuição, precisamos antes, entender o que é um sistema operacional. Um sistema operacional é composto por um conjunto de programas e comandos,que precisam ser organizados, testados e atulizados de acordo com as exigências que surgem ao longo do tempo, e o Linux não foge desse conceito.
Algumas distribuições:
Ubuntu: É uma distribuição Linux completa proveniente da Africa do Sul,baseada na premissa de que o sistema deve ser totalmente livre,multilíngue,personalizável,e passível de edição por qualquer usuário. O Ubuntu é um projeto voltado a comunidade com o propósito de criar e distribuir um sistema operacional Open Source.
Suse: Esta distribuição traz diversos recursos para usuários domésticos, incluindo instalador fácil de utilizar, ferramentas para internet, chat, multimídia, editores de texto, redes e desenvolvimento.
Red Hat: É a distribuição mais famosa, e que inspirou diversas distribuições pelo mundo, como a distribuição brasileira, Conectiva, que no início era só uma recompilação da Red Hat. Essa distribuição foi responsável por criar ferramentas como a sndconfig, Xconfigurator e outras. Além disso possui um ótimo gerenciador do sistema, o linuxconf, que funciona como um painel de controle do Windows.
Debian: Uma distribuição mantida por voluntários, foi inovadora ao criar o gerenciador de pacotes apt-get via shell, resolvendo problemas nas atualizações e dependências de programas.
Slackware: Profissionais adoram essa distribuição, por ser toda configurada em modo texto. Destaca-se também por ser uma das distribuições mais estáveis do Linux.
Gentoo: Uma distribuição que pode ser demorada para instalar, pois é necessário que você compile programa por programa, e fazer cada configuração, porém, isso tem como vantagem que só o necessário para o usuário em específico haja no sistema, tornando-o muito rápido.