Depois de vários anos em desenvolvimento, e rumores de uma mudança, a Apple confirmou no evento WWDC deste ano que iria começar a deixar de lado os processadores da Intel para o fabrico de futuros Macs. Hoje a empresa revela o que será a mudança da marca para o futuro.
Durante o evento que estava agendado para hoje, a Apple revelou o seu novo chip M1, baseado numa arquitetura ARM e de 5nm, contando com 8 cores de processamento e 8 cores de processamento gráfico. Os cores de processamento encontram-se divididos em quatro de elevado desempenho e outros quatro de poupança de energia – que serão adaptados para fornecer mais autonomia nos dispositivos.
Para comparação, o atual A14 da empresa conta com seis cores de formato similar, mas em ambos os casos existe ainda 16 cores Neural Engine, que permitem realizar mais de 11 triliões de operações por segundo.
A Apple refere que o novo M1 é capaz de fornecer o desempenho até duas vezes superior aos chips tradicionais, enquanto que o faz na estrutura de um MacBook Air sem problemas de sobreaquecimento. No que respeita a processamento gráfico, a Apple refere que não existe comparação a nível das gráficas integradas no mercado, sendo que o M1 fornece o melhor desempenho alguma vez visto neste género de sistemas.
Além disso, o novo SoC encontra-se ainda desenhado para suportar as tecnologias Thunderbolt 4, PCI Express Gen 4 e NVMe, o que vai permitir aos futuros dispositivos onde este venha a ser usado manterem uma elevada compatibilidade com os padrões mais recentes no mercado.
No final, o novo chip M1 deverá fornecer mais desempenho que os rivais diretos, enquanto que o faz usando o mínimo de energia possível e num formato mais eficiente em geral. A Apple refere que uma carga completa de bateria é capaz de fornecer até 15 horas de navegação wireless e 18 horas de playback em vídeos – para comparação, os sistemas da Intel fornecem entre 11 a 12 horas em cada categoria respetivamente.
Por fim, a empresa refere ainda que o M1 estará otimizado para os programas nativos da empresa, sendo que um dos exemplos encontra-se sobre o Final Cut, que possui um desempenho até seis vezes superior no M1 do que em antigos processadores da arquitetura x86. Com este novo chip também será simples adaptar as apps do iOS e iPadOS para funcionarem de forma nativa no macOS.
O novo M1 deverá ser o processador que a empresa vai apostar daqui para a frente nos dispositivos MacBook Air, MacBook Pro e Mac mini.
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