O ecrã azul do Windows, também conhecido como “Blue Screen of Death”, é um dos mais temidos eventos do sistema – e também um dos quais o Windows é conhecido. No entanto, este pequeno ecrã serve para muito mais do que apenas irritar os utilizadores – e na verdade apenas acontece quando algo correu extremamente mal no sistema.
Mas como começou a história do Blue Screen of Death? Dave Plummer, um antigo engenheiro da Microsoft, deixou um novo vídeo no seu canal do YouTube a dar um pouco da história do ecrã azul do Windows.
Para começar em grande, Dave afirma que o termo “Blue Screen of Death” nunca foi um nome adotado pela Microsoft. Na realidade, este termo apenas veio a surgir pela Internet ao longo dos anos, e nunca foi adotado como um nome oficial para o ecrã de erro do Windows.
Mas passando para os detalhes do ecrã, este ecrã azul apenas surge quando existe algo consideravelmente errado com o sistema, e é aplicado para prevenir possíveis problemas maiores. A falha acontece quando o kernel do Windows chama a função “KeBugCheck”, que será uma função criada especificamente para ser chamada apenas quando algo de errado aconteceu com o sistema e como forma de prevenir que ocorram problemas maiores no mesmo.
Segundo o ex-engenheiro da Microsoft, ativar esta função é um pouco como ativar o alarme de incêndio num cinema. Pode-se perder algum conteúdo que não tenha sido guardado, mas é melhor do que levar à destruição de dados ou até possíveis falhas completas do sistema operativo.
No entanto, nem sempre foi assim. Com o Windows 95, o ecrã azul poderia surgir, mas os utilizadores ainda tinham a possibilidade de voltar a retomar a atividade do sistema, o que poderia levar a verdadeiras dores de cabeça. A Microsoft alterou este funcionamento com a chegada do kernel do Windows NT, que passou a bloquear por completo o sistema e a impedir que os utilizadores possam ignorar o ecrã azul.
O ecrã azul não é algo recente. Na realidade, este ecrã encontra-se disponível desde o Windows v1.0, só que na altura apenas apresentava um conteúdo aleatório no ecrã – no que seria um dump da memória. Apenas com a chegada do Windows 3.1 em Abril de 1992 é que o sistema começou a apresentar realmente um ecrã de erro com mais informações.
Mas e quanto à famosa cor azul? Porque foi esta escolhida?
Bem, na realidade não existe nenhuma explicação cientifica para o facto que a cor azul tenha sido a escolhida ao longo dos anos. E isto foi confirmado pela própria pessoa que desenvolveu o ecrã azul à partida. Plummer conseguiu entrar em contacto com John Vert, o programador da Microsoft que realmente desenvolver a base do “ecrã azul”, de forma a identificar melhor o motivo para ter sido escolhida a cor azul como fundo do mesmo.
Segundo Vert, a escolha das cores não foi baseada em nada científico ou complexo. Apenas no facto que o sistema que Vert usava normalmente para programar em casa era um MIPS RISC, o qual tinha um ecrã de cor de fundo azul com o texto em branco, ao qual o programador aplicou a cor no ecrã “azul” do Windows sem pensar. E ai ficou desde então.
O ecrã azul de erro continua até ao Windows 10, embora neste sistema o formato do ecrã e a cor tenham sido ligeiramente alteradas para um tom mais claro de azul, além de incluírem um pequeno smile. Além disso, em determinadas versões, o ecrã de erro pode nem ser azul de todo – no caos do Windows 10 Insider, o ecrã de erro é na cor verde.
No final, é interessante analisar a história por detrás de um dos ecrãs mais temidos do Windows, mas ao mesmo tempo um dos que também pode ajudar a prevenir problemas sérios no sistema ou a fornecer mais informações sobre o que aconteceu de mal.
Nenhum comentário
Seja o primeiro!