A Microsoft elevou consideravelmente os requisitos do Windows 11, e um dos que mais contratempos tem vindo a criar passa exatamente pela introdução da necessidade do TPM.
Este requisito tem vindo a fazer com que até sistemas relativamente recentes não possam adotar a versão mais recente do Windows. Mas como sempre acontece, se existe uma forma de contornar as regras, existe quem esteja disposto a realizar exatamente isso.
O problema neste caso encontra-se no facto que, apesar de o TPM ser um requisito para quem pretenda instalar o Windows 11 oficialmente, este não é exatamente necessário para o correto funcionamento do sistema. O Windows 11 pode funcionar perfeitamente em sistemas que não tenham módulos do TPM instalados – e é considerado, portanto, um requisito “virtual” da Microsoft.
Apesar de certamente existirem algumas funcionalidades que podem apresentar problemas derivados a isso, em 99% dos casos não se devem sentir falhas por não ter o modulo TPM no sistema. Esse é um dos motivos pelos quais, durante as últimas semanas, se têm propagado pela Internet as versões do Windows 11 conhecidas como “Unlocked”.
Estas versões – não oficiais – são basicamente adaptações do Windows 11 e do seu processo de instalação onde os requisitos a nível do TPM foram inteiramente removidos. Desta forma, o sistema pode ser instalado em computadores que não tenham sequer o modulo de TPM.
Em alguns dos casos, as versões podem ainda conter software adicional, ou considerado como essencial, bem como a maioria também se encontra ilegalmente ativada por "cracks" ou chaves vendidas em mercados cinza.
Obviamente, estas versões são consideradas adaptações, muitas vezes criadas por utilizadores num formato não oficial para contornar as regras da Microsoft – e portanto, não será algo aprovado pela empresa.
Apesar de estas versões “Unlocked” terem removidos os limites a nível do TPM, é importante também referir que estas abrem portas a outros possíveis problemas. Sendo versões modificadas do Windows, existe a possibilidade que muitas tenham sido também modificadas com “más intenções” em mente.
Muitas vezes a origem destas versões é algo obscura, e podem existir as que tenham também malware integrado ou outro género de ameaças que podem comprometer a segurança e estabilidade do sistema e dos próprios dados dos utilizadores. A sua utilização também não é recomendada pela Microsoft, que não irá prestar qualquer garantia quanto a essas versões.
É possível que, com a chegada da versão final do Windows 11, venham também a surgir pela Internet mais versões “Unlocked” do sistema, e cabe aos utilizadores terem atenção se realmente compensa esse risco.
Nenhum comentário
Seja o primeiro!