A Google tentou em tempos focar-se na tecnologia AMP, uma versão simplificada de websites para maior velocidade no carregamento dos mesmos em dispositivos móveis. No entanto, novos documentos agora revelados comprovam que a empresa tentou forçar o uso desta tecnologia para evitar que as plataformas tivessem fontes de receitas alternativas além das existentes na Google.
A tecnologia AMP foi lançada em 2015, na altura com foco a websites de conteúdos como notícias, e que prometia aumentar drasticamente a velocidade de carregamento dos conteúdos na web - e sobretudo em dispositivos móveis. A tecnologia nunca chegou a ser fortemente adotada, e muitos editores deixaram a mesma de lado por considerarem que era uma forma da Google ganhar ainda mais controlo sobre a internet à sua forma.
E agora, novos documentos revelados internamente da empresa, parece confirmar que isso pode mesmo ter acontecido. Segundo o portal Search Engine Land, os documentos apontam como a Google tentou forçar o uso do AMP para obrigar os editores a usarem as plataformas de publicidade da própria Google, invés de terceiros.
Além disso, o documento vai mais longe ao indicar como a Google pode mesmo ter prejudicado o carregamento de sites com publicidade externa que não utilizavam a tecnologia AMP, em comparação com outros que a utilizavam, para dar ainda mais destaque a esta tecnologia.
O caso chegou aos tribunais no dia 9 de Setembro, mas na altura estava bastante editado e várias informações do mesmo não seriam de conhecimento público. Os documentos foram agora abertos em mais destaque, dando um pouco de informação sobre o que de concreto a Google se encontra acusada.
De notar que esta não é a primeira vez que a Google é acusada de usar o AMP como forma de motivar o uso de tecnologias proprietárias da empresa, e forçar os editores a adotarem um formato que - segundo os mesmos - possui muito menos controlo para estes, apesar de todas as promessas de melhorias a nível do carregamento mais rápido dos websites.
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