A IBM afirma ter atingido um novo marco no desenvolvimento de tecnologias quânticas, com a chegada de um novo chip que não pode ser replicado pelos supercomputadores atuais no mercado.
Durante o início desta semana, a empresa revelou o Eagle, um novo processador quântico de 127 qubit. A IBM afirma que este é o primeiro processador do género que não pode ser simulado por supercomputadores tradicionais, e portanto, será um grande avanço na área da tecnologia quântica.
Colocando esta indicação em termos mais claros, a IBM afirma que para simular a capacidade de processamento do Eagle seriam necessários mais bits dos que existem nos átomos em todos os seres humanos no planeta. Esta evolução foi possível graças a uma nova tecnologia de construção do processador, que coloca os vários componentes internos do mesmo em diferentes camadas.
No entanto, a empresa não revelou propriamente qual a capacidade de volume quântico que este processador é capaz de gerar. O volume quântico corresponde a um valor que é atribuído para demonstrar o desempenho de um chip quântico para além dos tradicionais qubits. Quanto mais elevado o valor, mais desempenho final o chip possui.
Jerry Chow, diretor do departamento de tecnologia quântica da IBM, afirmou recentemente numa entrevista ao portal Engadget que este novo chip vai encontrar-se disponível para utilizadores selecionados da IBM Cloud, dentro do IBM Quantum Network.
Desconhecendo-se detalhes sobre o volume quântico do processador, torna-se complicado de referir também como este se compara com outras apostas disponíveis no mercado atualmente. No entanto, sem dúvida que este será um grande avanço para a IBM e a tecnologia em geral.
De notar também que a IBM não se encontra a afirmar que atingiu a supremacia quântica, mas sim que está um passo mais perto de tal. Em 2019 a Google tinha afirmado que atingiu esse ponto com o seu sistema Sycamore, mas rapidamente voltou atrás nessa indicação.
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