A Apple mantém-se reticente em abrir o iOS para o mundo, sendo que o seu ecossistema fechado na App Store tem vindo a ser alvo de vários debates nos últimos tempos. No entanto, mesmo que a empresa tenha um forte controlo sobre os conteúdos que surgem na App Store, isso não impede que malware e esquemas apareçam de tempos a tempos.
Recentemente foi descoberta uma nova aplicação na App Store, a qual estaria a cobrar os utilizadores sem autorização para subscrições “premium”.
A aplicação “AmpMe – Speaker & Music Sync” prometia aos utilizadores a capacidade de sincronizar o áudio entre diferentes dispositivos. Na App Store, o programador da app prometia que a mesma era gratuita, tanto que o download podia ser realizado de forma totalmente gratuita.
No entanto, quando os utilizadores abriam a mesma, eram praticamente forçados a subscrever ao serviço, com valores que atingiam os 10 dólares por semana – ou cerca de 520 dólares por ano. A oferta gratuita apenas se mantinha por três dias, sendo que depois o conteúdo era automaticamente transporto para a subscrição paga – que muitos utilizadores poderiam não cancelar a tempo da renovação, tendo em conta o curto período de teste.
Segundo o programador Kosta Eleftheriou, que revelou o caso, a aplicação encontra-se na 24º por entre as apps mais populares na categoria de música da App Store, além de contar com bastantes avaliações positivas. Numa análise mais detalhada, o programador revelou ter descoberto que a grande maioria das avaliações eram falsas, e possivelmente compradas pelos autores da mesma.
É importante notar que este género de aplicações pode levar a perdas avultadas, muitas vezes durante meses antes que os utilizadores realmente verifiquem a origem. A maioria dos utilizadores aceita todas as mensagens que surgem no arranque de uma nova app – por habito – levando a que muitos possam acabar por subscrever sem saber ao serviço e fiquem a pagar por algo completamente banal.
Tal como qualquer outra plataforma, apesar de todas as medidas de segurança que a Apple implementa, ainda assim existem casos onde podem passar falhas, como é este exemplo. Cabe aos próprios utilizadores terem atenção aos possíveis esquemas quando descarregam novas aplicações para os seus dispositivos.
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