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Criança em frente do tablet

 

A privacidade é um tema cada vez mais importante para a internet em geral, e este tema torna-se ainda mais delicado quando envolve os dados de potenciais menores. A pandemia veio alterar consideravelmente a forma como muitos trabalham, passando a usar aplicações de trabalho remoto – e as crianças também tiveram de se adaptar para terem as suas aulas lecionadas à distância.

 

No entanto, ao realizar estas atividades, os menores podem também ter estado a fornecer mais dados do que os deveriam para os mais variados fins – o que certamente levanta várias questões. Um alarmante relatório publicado pela Human Rights Watch demonstra que muitos estudantes estiveram, durante as épocas mais críticas da pandemia, expostos a violações da sua privacidade sem consentimento.

 

O estudo aponta dados obtidos de 2021, sobre como os dados dos utilizadores menores ou de jovens podem ter sido recolhidos sem que os mesmos se apercebessem. E pior, essa informação pode ter sido usada ou vendida para terceiros e para fins de publicidade direcionada.

 

O estudo analisou as plataformas de educação à distância, em 48 países diferentes. Dentro destes, das 164 plataformas mais usadas de aprendizagem remota que foram implementadas, cerca de 146 estariam a colocar em risco ou a infringir diretamente os direitos da privacidade dos menores.

Algumas destas plataformas usavam tecnologias de monitorização e tracking para funcionalidades que eram desconhecidas dos utilizadores finais, sejam os estudantes ou tutores legais.

 

tracking de crianças

 

A piorar a situação, o estudo aponta ainda que, em alguns dos casos, os dados que foram recolhidos podem mesmo ter sido vendidos a plataformas terceiras, sem a respetiva autorização ou consentimento. Por entre os compradores interessados nesses dados encontram-se várias agências de publicidade, que supostamente teriam interesse nos dados dos menores para fins de publicidade direcionada.

 

O estudo também aponta como algumas das plataformas de aprendizagem remota, que foram largamente usadas durante a pandemia, não estavam inteiramente preparadas para lidar com a gestão de dados de menores nas mesmas. Entre estas encontram-se nomes como a Zoom, Cisco Webex, Google Meet e Microsoft Teams – apesar de terem, em certas ocasiões, sido usadas como tal.

 

E mesmo as plataformas que eram destinadas ao uso por menores, em muitas situações enviam depois dados de tracking para plataformas como a Meta e a Google.

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