Quando um conteúdo é partilhado publicamente numa rede social, tecnicamente este fica disponível para toda a internet. No entanto, isto também abre portas para que diversas fontes possam recolher informação que está disponível nessas plataformas para os mais variados fins.
O Facebook, sobretudo depois dos seus escândalos relacionados com privacidade, tem vindo a apertar na forma como informação pública pode ser recolhida da plataforma. A rede social não é fã desse género de recolhas, e nos últimos anos tem vindo a aplicar medidas para limitar a forma como a mesma é feita.
Esta recolha é, normalmente, feita através de scripts e bots, que vão analisando a plataforma e recolhendo dados dos utilizadores com informação que está publicamente acessível. Uma forma pela qual os conteúdos eram recolhidos seria através do Facebook ID (FBID).
Este ID era dado de forma única a todos os utilizadores da plataforma, e apesar de ser simples para ajudar a identificar as contas dos utilizadores, ao mesmo tempo poderia também permitir associar diferentes perfis com diferentes amigos, páginas, etc, dando assim mais informação para ser recolhida.
Com isto em mente, a plataforma começou agora a adotar o que é conhecido como PFBIDs. Estes possuem a mesma essência dos FBID, mas invés de serem valores fixos, os mesmos variam conforme vários aspetos – por exemplos, a data em que um determinado perfil foi acedido, etc.
Desta forma, torna-se consideravelmente mais difícil de associar diferentes utilizadores com determinados conteúdos. É também mais difícil de “adivinhar” os valores, uma vez que estes podem ser totalmente aleatórios.
A empresa também sublinha que este método foi criado para focar em ajudar na privacidade dos utilizadores da plataforma deste género de recolha massiva e automática, e não para impedir que funcionalidades dos navegadores possam remover o tracking de links – por exemplo, através do uso de um bloqueador de publicidade.
Os testes a esta nova funcionalidade devem começar a ser feitos durante os próximos meses, mas para já a Meta não adianta o quanto esta nova funcionalidade ajuda a reduzir a recolha massiva de dados.
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