Hoje começaram os Prime Day da Amazon, uma das alturas mais aguardadas do ano para aproveitar promoções e alguns produtos a preços exclusivos. No entanto, se é uma das alturas mais aguardadas pelos consumidores, para os funcionários da Amazon é também uma das mais atarefadas.
Tende a ser nesta altura que os funcionários dos armazéns da Amazon possuem mais trabalho, de forma a gerir e processar todas as encomendas feitas. Embora uma grande parte da linha de distribuição da Amazon seja automática, ainda existem trabalhadores que necessitam de fazer essa magia acontecer.
De acordo com um recente relatório da Senate Committee on Health, Education, Labor and Pensions (HELP), é durante o Prime Day que os funcionários da Amazon possuem uma maior carga de trabalho, além de ser nesta altura que existe um maior risco de acidentes.
A entidade revelou os resultados de uma investigação, que foi iniciada o ano passado, sobre as práticas da Amazon junto dos seus funcionários e das condições de trabalho nos seus armazéns.
De acordo com os dados, na Amazon Prime Day de 2019, foram provocadas 45 lesões por cada 100 funcionários, onde quase metade dos trabalhadores dos armazéns da empresa sofreram algum tipo de lesão.
Bernie Sanders, presidente da HELP, afirma que a Amazon continua a tratar os seus funcionários como se fossem dispensáveis, e não fornece as condições de trabalho necessárias nem o apoio para tal. O mesmo sublinha que isto necessita de mudar rapidamente, de forma a prevenir que a empresa possa continuar com estas práticas.
O relatório, que usa também os próprios dados da Amazon, também indica que os armazéns da empresa possuem poucos funcionários nestas datas especiais, para o volume de encomendas que recebem, o que aumenta a probabilidade de acontecerem acidentes.
Kelly Nantel, porta-voz da Amazon, afirma, no entanto, que o relatório ignora as medidas que a Amazon tem vindo a aplicar. Segundo a mesma, desde 2019 a empresa reduziu consideravelmente os acidentes nas suas instalações, em cerca de 28% para pequenos acidentes, e até 75% para acidentes mais graves que podem levar a dispensas do local.
Além disso, a empresa garantiu que pretende investir mais de 750 milhões de dólares em iniciativas focadas na segurança no trabalho, que devem ser desenvolvidas durante o ano de 2024 e 2025.
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