A Apple confirmou recentemente ter criado uma nova parceria com a Alibaba, na China, de forma a fornecer a Apple Intelligence na região. A ideia será que a Alibaba irá fornecer os modelos LLM para a Apple, de forma a poderem ser usados dentro dos seus dispositivos.
Esta medida surge derivado das regras mais apertadas sobre as tecnologias usadas na China, onde o governo necessita de ter controlo sobre as entidades que as usam. Para a Apple fornecer a Apple Intelligence na China, necessita de usar modelos criados no país.
Para além da Alibaba, os rumores indicam ainda que a Apple estará em conversações com a Baidu para também usar os seus modelos dentro da Apple Intelligence.
No entanto, esta medida e parceria faz com que a Apple também tenha de ceder a algumas leis locais, e entre estas encontram-se leis que censuram certos conteúdos de surgir pelos modelos de IA.
De acordo com o analista Mark Gurman, da Bloomberg, a Apple vai ter de usar modelos na China de IA que são censurados pelo governo, e que podem fornecer informações incompletas ou inconsistentes sobre diferentes temas – com base na censura aplicada pelo governo na região.
Embora a Apple vá trabalhar diretamente com a Alibaba para usar os seus modelos na Apple Intelligence, os mesmos ainda devem seguir as leis locais da China, o que inclui as que citam a censura de certos temas e conteúdos. Esta medida será também aplicada caso a Apple venha a criar a parceria com a Baidu, onde o analista indica que esta será focada para modelos que tenham a capacidade de analisar visualmente os conteúdos.
Além disso, deve-se ter em conta que os dados processados pelos modelos de IA devem também permanecer em solo da China. Ou seja, os pedidos feitos via a Apple Intelligence são armazenados diretamente em servidores na China, que podem ficar em controlo das suas entidades e, consequentemente, do governo chinês.
A Apple usa o Private Cloud Compute para proteger alguma da informação sensível dos utilizadores, processando os dados de IA em formato local. No entanto, ainda existem dados que podem ser necessários de enviar diretamente para os sistemas na Cloud, e serão estes que podem ser recolhidos pelas respetivas entidades.
Apesar disso, espera-se que a parceria possa vir a permitir que a Apple Intelligence fique disponível para utilizadores na China, abrindo novas portas para o uso da tecnologia na região – e, para a Apple, pode ainda ajudar nas vendas dos seus dispositivos.
Nenhum comentário
Seja o primeiro!