Na sequência da ação antitrust movida pelo Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA contra a Google, que visa combater o domínio da empresa na Internet e poderá resultar na venda forçada do Chrome, surgiu um interessado peculiar: a DuckDuckGo. No entanto, o motor de busca focado na privacidade admitiu que o preço do navegador poderá ser demasiado elevado.
Contexto da ação judicial e o domínio da Google
Recorde-se que o DOJ argumentou, há alguns meses, que a Google impede a concorrência justa, tanto no mercado de navegadores web como na publicidade online (através do Google Ads), conquistando uma vitória inicial no processo. Uma das exigências levantadas foi a potencial venda do navegador Chrome para diminuir a sua posição dominante.
Apesar dos esforços de concorrentes como a Microsoft com o Bing (mesmo reforçado com IA) e da existência de outros motores de busca com bases de utilizadores consideráveis, a Google mantém uma liderança esmagadora, sendo o seu motor de busca e navegador os mais populares a nível mundial. A intervenção do DOJ visa precisamente abalar este domínio.
O interesse e o obstáculo da DuckDuckGo
Desde que a possibilidade de venda do Chrome foi colocada em cima da mesa, várias empresas terão demonstrado interesse. A mais recente a confirmar essa intenção foi a DuckDuckGo, um motor de busca reconhecido pelo seu forte foco na privacidade do utilizador, em contraste com o modelo de negócio da Google.
A perspetiva de juntar o navegador mais popular do mundo com um serviço focado em privacidade como o DuckDuckGo seria, sem dúvida, interessante. Contudo, a própria DuckDuckGo revelou perante o tribunal que o preço estimado para a aquisição do Chrome poderá atingir os 50 mil milhões de dólares.
Este valor astronómico torna a compra inviável para a DuckDuckGo, colocando um travão nas suas aspirações de adquirir o popular navegador da Google, mesmo que a venda venha a ser efetivamente ordenada pela justiça norte-americana.
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