Billy Evans, conhecido por ser o companheiro da infame Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos, está alegadamente a dar os primeiros passos numa nova aventura empresarial no setor da saúde. A startup, denominada Haemanthus, tem como objetivo a "otimização da saúde humana" através de análises ao sangue, segundo avançou o The New York Times.
Haemanthus: a nova promessa na análise clínica?
De acordo com a publicação norte-americana, que terá contactado dois investidores que assistiram à apresentação da Haemanthus e teve acesso a materiais promocionais da empresa, a nova companhia afirma ter desenvolvido um dispositivo inovador. Este aparelho recorre a tecnologia laser para analisar amostras de sangue, saliva e urina, com o intuito de detetar precocemente cancros e infeções.
Os planos iniciais da Haemanthus passam por aplicar esta tecnologia no mercado da saúde animal, servindo como uma espécie de teste e validação antes de uma potencial expansão para o diagnóstico em seres humanos. Para concretizar estes ambiciosos objetivos, a startup procura angariar um financiamento superior a 50 milhões de dólares (aproximadamente 46 milhões de euros).
O espectro da Theranos e a cautela dos investidores
Esta nova proposta no campo das análises clínicas não pode deixar de evocar memórias da Theranos. A empresa de Elizabeth Holmes prometia revolucionar os testes médicos, realizando uma vasta gama de análises a partir de ínfimas gotas de sangue colhidas através de simples picadas nos dedos – uma promessa que se revelou fraudulenta. Recorde-se que Holmes, com quem Billy Evans tem dois filhos, foi condenada em 2022 a uma pena de 11 anos de prisão por defraudar os investidores da Theranos. Apesar da condenação, numa entrevista recente, Elizabeth Holmes afirmou que permanece "totalmente empenhada no [seu] sonho de disponibilizar soluções de saúde acessíveis a todos".
A sombra do caso Theranos parece, inevitavelmente, pairar sobre a Haemanthus e gerar desconfiança no seio da comunidade investidora. Jim Breyer, um dos primeiros investidores do Facebook, revelou ao The New York Times que a sua equipa foi abordada para investir na nova startup de Evans. No entanto, Breyer afirmou que declinaram o convite "por muitas das mesmas razões pelas quais passámos ao lado da Theranos por duas vezes".
Nenhum comentário
Seja o primeiro!