O universo dos tablets acaba de receber um novo e promissor candidato: o Huawei MatePad Pro (2025). Com um ecrã de 12.2 polegadas e uma série de características aliciantes, este dispositivo reacende a eterna questão: estaremos finalmente a assistir à convergência definitiva entre a conveniência de um tablet e a capacidade de um computador portátil?
Se o nome Huawei MatePad Pro lhe soa familiar, não se engana. Recentemente, tivemos em análise o seu "irmão" maior, o Huawei MatePad Pro de 13.2 polegadas. A verdade é que os portáteis, mesmo os ultrafinos e leves, continuam a ter as suas particularidades: carregadores por vezes volumosos, necessidade de acessórios e, apesar de mais compactos que um desktop, ainda ocupam o seu espaço. Além disso, os preços podem escalar consideravelmente, ultrapassando facilmente os €2000. É aqui que os tablets entram em cena, oferecendo elegância, maior portabilidade, teclados leves (muitas vezes vendidos à parte), conectividade móvel e, cada vez mais, ecrãs de alta qualidade e um desempenho bastante respeitável. Vamos então conhecer o que o novo Huawei MatePad Pro (2025) de 12.2 polegadas nos reserva.
Ecrã de vanguarda: A magia do Tandem OLED PaperMatte
A estrela da companhia neste novo MatePad Pro é, sem dúvida, o seu ecrã Tandem OLED PaperMatte de 12.2 polegadas. Mas o que significam estes termos? "Tandem OLED" indica que o tablet utiliza uma estrutura OLED de dupla camada. Basicamente, são duas camadas de díodos orgânicos emissores de luz sobrepostas no painel.
A grande vantagem? Permite aumentar o brilho geral do ecrã sem um aumento proporcional no consumo de energia, tornando-o mais eficiente do que os painéis OLED tradicionais. Ao dividir o "trabalho" por duas camadas, o ecrã também sofre menos desgaste ao longo do tempo, o que se traduz numa maior durabilidade e menor risco do temido efeito burn-in. Ideal para quem planeia usar o tablet intensivamente, seja para consumir multimédia, design gráfico ou multitarefas – e convenhamos, ninguém compra um MatePad Pro para o deixar na gaveta! Adicionalmente, a tecnologia Tandem OLED promete melhorar a precisão de cor, o contraste e o desempenho HDR, resultando em visuais mais vivos e realistas, com pretos mais profundos e destaques mais brilhantes.
Por outro lado, a designação "PaperMatte" foca-se no conforto visual e na usabilidade. A superfície do ecrã possui uma textura mate que reduz
significativamente os reflexos e o brilho, simulando a aparência e a sensação do papel real. Isto torna-o especialmente indicado para leitura, tirar notas ou desenhar, minimizando o cansaço ocular durante períodos prolongados. O revestimento antirreflexo também ajuda a manter a visibilidade em condições de muita luz, incluindo sob luz solar direta. E um bónus: resiste melhor a dedadas e manchas, mantendo o ecrã limpo durante o uso diário. É importante notar que, devido às propriedades do revestimento mate, o potencial máximo de vivacidade do ecrã pode ser ligeiramente atenuado. No entanto, para quem prefere um ecrã sem reflexos, esta será uma troca bem-vinda.
Produtividade em movimento: Teclado Glide e interacção com a stylus
O novo tablet de 12.2 polegadas é acompanhado pelo Huawei Glide Keyboard, uma capa-teclado, e uma stylus que fica alojada num compartimento de carregamento. De momento, não há confirmação se o Glide Keyboard sofreu atualizações face ao modelo de 13.2 polegadas. Na nossa análise ao modelo maior, este acessório revelou ser uma mistura de pontos fortes e fracos.
O teclado divide-se em duas partes: uma capa traseira magnética com um suporte (kickstand) incorporado e o teclado propriamente dito. A capa traseira destaca-se pela sua praticidade, oferecendo proteção ao tablet e um suporte flexível e ajustável, bem desenhado e funcional. A experiência de escrita no teclado é sólida, sem grandes queixas.
Contudo, o touchpad foi um ponto menos positivo na análise anterior. Embora de tamanho adequado, o seu desempenho mostrou-se inconsistente, com atrasos ocasionais e falta de responsividade. A navegação (scrolling) pareceu lenta, e não existia opção nas definições para ajustar a velocidade, limitando a sua usabilidade. Espera-se que esta seja uma área que possa ser corrigida com uma atualização de software. Outro ponto menos conseguido é o processo de encaixe do teclado, que pode ser algo desajeitado.
O tablet inclui também uma nova versão da aplicação Huawei Notes, que certamente tirará partido da stylus.
Motor e autonomia: O que esperar sob o capô?
Até ao momento, a Huawei não divulgou detalhes sobre o chipset, software específico ou capacidade da bateria do novo MatePad Pro 12.2 (2025). No entanto, podemos fazer algumas inferências com base no seu irmão maior, o MatePad Pro 13.2 PaperMatte.
O modelo de 13.2 polegadas vinha equipado com o chipset Kirin T92, uma atualização interna face ao Kirin 9000S usado no modelo de 12.2 polegadas do ano passado. Este era acompanhado por 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento interno. Espera-se que o novo modelo de 12.2 polegadas (2025) apresente especificações equivalentes ou até superiores.
O Kirin T92 demonstrou ser eficiente em tarefas do dia a dia, proporcionando uma experiência fluida na navegação do HarmonyOS 4.3. A interface do sistema mostrou-se rápida e responsiva. No entanto, em termos de poder de processamento bruto, ficava aquém de concorrentes como os chips Snapdragon da Qualcomm ou os M-series da Apple. Para tarefas típicas como navegação na internet, streaming de vídeo, trabalho de produtividade e desenho digital, o desempenho era mais do que adequado. Utilizadores com cargas de trabalho muito exigentes ou expectativas de desempenho de topo poderiam notar essa diferença.
O sistema operativo era o HarmonyOS 4.3 e, tal como noutros dispositivos Huawei, a ausência dos serviços Google continuava a ser um fator a considerar. Embora a AppGallery ofereça muitas aplicações, alguns títulos populares ainda requerem instalação por vias alternativas (sideloading). O suporte para contas Google Workspace, por exemplo, permanecia mais complicado.
A bateria do modelo de 13.2 polegadas era de 10,100mAh – e espera-se uma capacidade semelhante para a versão de 12.2 polegadas – embora a autonomia no tablet maior fosse ligeiramente inferior, provavelmente devido ao ecrã maior. Com suporte para carregamento rápido de 100W e um carregador de 100W incluído na caixa, o tablet maior carregava completamente em cerca de 90 minutos, tornando-o prático para uso diário intensivo. Antecipa-se o mesmo para o novo modelo.
Quanto custará o novo MatePad Pro (2025) em Portugal?
Relativamente a preços, o Huawei MatePad Pro de 13.2 polegadas foi lançado no Reino Unido por menos de £1000 (aproximadamente €1170 à taxa de câmbio atual), mas na realidade, foi vendido por £850 (cerca de €995) graças a descontos promocionais da Huawei. Em Portugal, o Huawei MatePad Pro 13.2'' (12GB+512GB) encontra-se atualmente no site oficial da marca por €999 (com um Preço de Venda ao Público Recomendado de €1199). Já um modelo MatePad Pro de 12.2 polegadas (provavelmente a versão anterior ao agora anunciado) está listado por €849 (PVPR de €999).
Seria interessante ver promoções semelhantes para o novo modelo de 12.2 polegadas (2025) no mercado português. Portanto, vale a pena ficar atento às ofertas, nomeadamente em plataformas como a Amazon e na loja oficial da Huawei.
O Huawei MatePad Pro 12.2 (2025) perfila-se como um gadget sólido, especialmente pelo seu ecrã Tandem OLED antirreflexo, a sua bateria de grande capacidade (com carregamento super-rápido!) e o potencial para superar um portátil de gama média em termos de desempenho e produtividade para muitas tarefas. Resta aguardar pelos detalhes finais e, claro, pela oportunidade de o testar a fundo.
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