A Red Hat anunciou a disponibilidade geral do Red Hat Enterprise Linux (RHEL) 10, marcando um novo capítulo três anos após o lançamento do RHEL 9. A nova versão do sistema operativo, como o nome indica, é direcionada para utilizadores empresariais e chega com um forte enfoque na proteção contra as ameaças emergentes da computação quântica, introduz funcionalidades de inteligência artificial através do RHEL Lightspeed e adiciona um "modo imagem" para uma maior capacidade de contentorização do sistema operativo.
Preparado para a era da computação quântica
Num movimento que espelha iniciativas de outras gigantes tecnológicas, como a Microsoft, a Red Hat está a preparar o RHEL 10 para um futuro onde os computadores quânticos poderão quebrar a encriptação clássica. Com o RHEL 10, a Red Hat afirma ser a primeira distribuição Linux a integrar as normas do National Institute of Standards and Technology (NIST) para criptografia pós-quântica.
A empresa visa ajudar as organizações a defenderem-se melhor contra futuros ataques do tipo "recolher agora, decifrar depois", bem como a cumprir novos requisitos regulatórios. As medidas incluem a introdução de algoritmos resistentes à computação quântica e esquemas de assinatura pós-quântica para validar a integridade e autenticidade de pacotes de software e certificados TLS.
Inteligência artificial ao leme da gestão de sistemas
No que toca a melhorias impulsionadas por IA, o RHEL 10 vem equipado com o RHEL Lightspeed. Trata-se de uma ferramenta de IA generativa integrada na plataforma, que oferece orientação contextualizada e recomendações práticas em linguagem natural. Espera-se que esta funcionalidade auxilie tanto os profissionais de TI mais experientes como os recém-chegados a gerir ambientes RHEL de forma mais eficiente através da linha de comandos. A IA foi treinada com conhecimento específico do RHEL, tornando-a uma especialista na administração destes sistemas.
Modo imagem: Implementações consistentes e recuperações ágeis
Finalmente, o RHEL 10 introduz o "modo imagem", uma funcionalidade que permite contentorizar mais partes do sistema operativo, e não apenas aplicações. Um dos principais benefícios do modo imagem é a capacidade de implementar o sistema operativo de forma idêntica por todos os servidores, reduzindo assim inconsistências entre sistemas.
Estas imagens também permitem realizar reversões de forma simples caso algo corra mal, sem a necessidade de recorrer a snapshots externos. Como esta capacidade funciona mesmo entre atualizações major, as organizações podem reduzir significativamente o tempo gasto a diagnosticar anomalias e beneficiar de janelas de manutenção mais curtas.
Disponibilidade e acesso para developers
O RHEL 10 está desde já disponível através do Portal de Cliente da Red Hat. Os programadores também podem aceder à nova versão através dos programas gratuitos Red Hat Developer, que fornecem igualmente um vasto conjunto de recursos para começar, incluindo acesso ao software, vídeos tutoriais, demonstrações e documentação.
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