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Seagate com planeta

 

A Inteligência Artificial (IA) está a transformar o panorama tecnológico a uma velocidade estonteante, mas esta revolução traz consigo desafios significativos, especialmente no que toca ao armazenamento de dados. Tal como a febre das criptomoedas exerceu uma pressão enorme sobre o mercado de placas gráficas, a IA começa agora a exigir cada vez mais das empresas de armazenamento. Recentemente, durante a Computex 2025, a Seagate abordou estas preocupações, alertando para um potencial impacto ambiental considerável.

 

Segundo informações veiculadas pelo Digitimes, a Seagate aproveitou a sua presença no evento para expressar uma apreensão crescente sobre como a IA está a moldar a indústria tecnológica, podendo mesmo levar ao que a empresa descreve como uma "crise de carbono".

 

A crescente avalanche de dados gerada pela IA

 

Para contextualizar a dimensão do problema, a Seagate partilhou números reveladores. A empresa estima que a indústria de discos rígidos (HDDs) como um todo consegue atualmente produzir entre 1 a 2 zettabytes de capacidade de armazenamento por ano. Para se ter uma ideia da magnitude, um zettabyte equivale a um bilião de gigabytes (GB). Contudo, esta capacidade de produção representa apenas uma fração do volume de dados que se espera venha a ser gerado, em grande parte impulsionado pela IA.

 

O Digitimes detalhou ainda que a Seagate realizou um inquérito a 1.000 profissionais da área de TI. Deste universo, uns impressionantes 72% revelaram que já estão a utilizar ou planeiam implementar soluções de Inteligência Artificial nos seus respetivos campos de atuação. Entre os que já utilizam IA, 90% concordam que o armazenamento de dados é um fator crítico para otimizar o desempenho destas tecnologias.

 

HDDs como uma solução mais amiga do ambiente?

 

Perante esta procura crescente e as preocupações ambientais, a Seagate tem vindo a investigar alternativas. A empresa defende que os discos rígidos tradicionais (HDDs) apresentam uma pegada de carbono inferior quando comparados com os SSDs (Solid State Drives). Este argumento posiciona os HDDs como uma potencial via para mitigar o impacto ambiental dos centros de dados.

 

Inovação em curso: Seagate demonstra o futuro dos HDDs

 

Em linha com esta visão, a Seagate montou no seu stand na Computex uma demonstração com protótipos de discos rígidos tecnologicamente avançados. Estes HDDs estavam equipados com interfaces NVMe e ligados diretamente a GPUs (unidades de processamento gráfico) da Nvidia através de unidades de processamento de dados (DPUs). Esta configuração representa uma das muitas abordagens que podem ser exploradas para revolucionar a forma como o armazenamento é gerido, especialmente em centros de dados, tornando os sistemas potencialmente mais fáceis de gerir e mais eficientes.

 

O desafio da sustentabilidade nos centros de dados

 

É ainda difícil prever com exatidão como o futuro do armazenamento de dados se irá desenrolar, mas é inegável que se avizinham mudanças significativas. Com o aumento da exigência por soluções com menor pegada de carbono, os centros de dados terão de se adaptar. O desafio passará por cumprir os requisitos legais e ambientais, ao mesmo tempo que fornecem o suporte de hardware necessário para satisfazer as crescentes e vorazes necessidades da Inteligência Artificial.




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