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Foguetões da SpaceX a aterrarem

 

A mais recente tentativa da SpaceX de colocar a sua colossal Starship em pleno funcionamento teve um desfecho com sabor a vitória e derrota. Na noite desta terça-feira, a gigantesca nave conseguiu separar-se com sucesso do seu propulsor Super Heavy e alcançar a órbita terrestre. No entanto, a missão não terminou como planeado, com a nave a começar a girar descontroladamente antes de efetuar uma reentrada não controlada no Oceano Índico. Segundo a própria SpaceX, o espaço aéreo na zona prevista para a descida da Starship tinha sido previamente evacuado.

 

Nono teste da Starship: um misto de conquistas e contratempos

 

Este nono voo de teste representou um conjunto de avanços e recuos para a empresa de Elon Musk. Apesar dos percalços, fontes indicam que foi o teste mais 'suave' da Starship este ano, especialmente se considerarmos as duas explosões que marcaram voos anteriores. A imponente nave, lançada no topo do propulsor Super Heavy, descolou das instalações da SpaceX no sul do Texas ao início da noite de terça-feira.

 

Um marco importante deste lançamento foi a estreia de um propulsor Super Heavy já testado em voo; este mesmo booster tinha sido lançado e recuperado com sucesso durante o sétimo voo de teste da Starship. Desta vez, o propulsor Super Heavy voltou a cumprir a sua parte, separando-se com sucesso.

 

Sucessos e falhas detalhadas do voo mais recente

 

Após uma separação bem-sucedida do enorme propulsor, a Starship rumou ao espaço. Contudo, nem tudo correu como previsto: a nave não conseguiu abrir uma das comportas laterais do compartimento de carga, o que impediu a realização de um teste de lançamento de satélites simulados que estava nos planos.

Mais tarde, já em voo, a Starship perdeu o controlo de atitude, ou seja, a sua capacidade de se orientar corretamente para a complexa fase de reentrada na atmosfera. Esta falha levou à sua rotação descontrolada e subsequente reentrada e amaragem não planeada no Oceano Índico.

 

Caminho atribulado: o historial dos testes e a luz verde da FAA

 

Este nono teste aconteceu menos de uma semana depois de a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA ter dado 'luz verde' à SpaceX para mais este voo do seu sistema de foguetão Starship. Esta autorização surgiu na sequência das duas explosões consecutivas que ocorreram no início deste ano e que levaram a uma investigação.

 

Recorde-se que, em janeiro, num dos voos anteriores, a SpaceX conseguiu recuperar o propulsor Super Heavy pela segunda vez durante a sua descida. Nesse voo, a Starship separou-se com sucesso e acionou os seus motores para subir até à órbita, mas foi perdida pouco depois devido a uma anomalia. Os destroços da Starship caíram no espaço aéreo perto de Porto Rico, obrigando a FAA a desviar várias aeronaves que se encontravam na zona.

 

Em março, seguiu-se novo teste. Desta vez, o Super Heavy separou-se com sucesso e foi 'agarrado' pela torre de lançamento no Texas, marcando a terceira recuperação deste género. A Starship, por sua vez, chegou ao espaço, mas, oito minutos após o início do voo, perdeu vários dos seus motores Raptor e começou a girar descontroladamente.

 

Como consequência direta destas duas explosões anteriores, a FAA decidiu alargar as zonas de perigo nos EUA e noutros países para os voos da Starship, baseando-se numa análise de segurança atualizada fornecida pela própria SpaceX. Após concluir a investigação sobre a perda da Starship no seu oitavo voo de teste, a empresa de Elon Musk implementou diversas alterações ao nível do hardware para tentar aumentar a fiabilidade do sistema, um esforço contínuo no ambicioso programa Starship.




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