A Xiaomi está de volta e em grande estilo ao competitivo mundo dos processadores para dispositivos móveis. O seu mais recente esforço, o XRING O1, que se espera equipar futuros topo de gama como o Xiaomi 15S Pro, já está a dar que falar, especialmente após um comparativo recente onde mostrou ser capaz de superar o A18 Pro da Apple em determinados cenários.
XRING O1 vs A18 Pro: Duelo de Titãs no Geekbench
Num teste cujos resultados foram partilhados pelo analista Max Weinbach, utilizando a popular plataforma Geekbench 6.4.0, o Xiaomi XRING O1, montado num alegado Xiaomi 15S Pro, foi colocado lado a lado com o futuro A18 Pro da Apple, que se espera encontrar no iPhone 16 Pro Max.
Os resultados são, no mínimo, interessantes:
- O Xiaomi XRING O1 alcançou 2.766 pontos em single-core e uns impressionantes 8.843 pontos em multi-core.
- Em comparação, o iPhone 16 Pro Max (com A18 Pro) registou 3.381 pontos em single-core e 8.278 pontos em multi-core.
Traduzindo estes números, o chip da Xiaomi ficou aproximadamente 20% abaixo do seu rival da Apple no desempenho de um único núcleo. Contudo, ao utilizar todos os seus núcleos, o XRING O1 conseguiu uma vantagem de cerca de 7% sobre o A18 Pro.
Uma vitória com asteriscos: o que considerar
Apesar do entusiasmo inicial, é crucial analisar estes números com alguma cautela. A diferença no desempenho single-core é considerável e desfavorável para a proposta da Xiaomi. Por outro lado, a vantagem de 7% em multi-core, embora positiva, pode estar dentro de uma margem de erro comum neste tipo de testes.
É importante recordar que muitos fatores podem influenciar os resultados de benchmarks, incluindo a temperatura ambiente durante o teste, a versão do sistema operativo em execução e até mesmo variações subtis entre diferentes unidades do mesmo modelo de telemóvel, mesmo que possuam o mesmo processador.
Outras perspetivas e a eficiência energética em destaque
Esta variabilidade é corroborada por outros testes. Por exemplo, o canal chinês Geekerwan, conhecido pelas suas análises no YouTube e Bilibili, obteve resultados no AnTuTu com o XRING O1 que ficaram aquém dos 3 milhões de pontos inicialmente prometidos pela Xiaomi.
No entanto, nem tudo são más notícias para o chip da gigante chinesa. Nos mesmos testes do Geekerwan, o XRING O1 demonstrou uma elevada eficiência energética, superando todos os concorrentes em tarefas mais básicas. Este é um aspeto cada vez mais valorizado pelos utilizadores, pois traduz-se numa maior autonomia da bateria.
Em suma, os resultados obtidos por Weinbach servem como uma forte indicação de que a Xiaomi desenvolveu uma plataforma poderosa, capaz de ombrear com as ofertas da Apple, MediaTek e Qualcomm. Trata-se de um feito notável, especialmente considerando que este é o primeiro chip premium desenvolvido internamente pela marca após um interregno. Com os avultados investimentos anunciados pela empresa nesta área, espera-se uma evolução significativa nas próximas gerações.
O XRING O1 por dentro: especificações de peso
O Xiaomi XRING O1 é fabricado pela TSMC utilizando o avançado processo de fabrico N3E de 3 nanómetros, o mesmo alegadamente utilizado pelo A18 Pro da Apple e pelo Snapdragon 8 Elite. O seu CPU é composto por 10 núcleos, numa configuração complexa de 2+4+2+2:
- 2 núcleos Cortex-X925 de máxima performance a 3,9 GHz
- 4 núcleos Cortex-A725 de alto desempenho a 3,4 GHz
- 2 núcleos Cortex-A725 (adicionais) a 1,9 GHz
- 2 núcleos Cortex-A520 de alta eficiência a 1,8 GHz
A componente gráfica fica a cargo da GPU Immortalis-G925, a mesma que se encontra no MediaTek Dimensity 9400.
Um primeiro passo promissor e o futuro na China (por agora)
Para já, o Xiaomi XRING O1 parece ser um exclusivo para o mercado chinês, equipando dispositivos como o Xiaomi 15S Pro e o tablet Xiaomi Pad 7 Ultra. Há rumores de que poderá chegar a mais um tablet da marca em breve.
Ainda não existem informações sobre um possível lançamento global deste processador. Contudo, o seu desenvolvimento representa um passo importante para a Xiaomi, demonstrando a sua capacidade de inovação e a sua ambição de competir ao mais alto nível no crucial mercado dos semicondutores.
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