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A Amazon acaba de anunciar a formação de uma nova equipa dedicada à Inteligência Artificial (IA) agentiva dentro da sua conceituada, e algo secreta, divisão de investigação e desenvolvimento, a Lab126. O objetivo? Dar o pontapé de saída no desenvolvimento de IA física, com um foco particular na criação de uma estrutura de IA agentiva para ser utilizada em robótica. Esta aposta poderá ter um impacto significativo nos trabalhos manuais, especialmente nos seus gigantescos armazéns.

 

O que é esta "IA agentiva"?

 

A IA agentiva representa um dos mais recentes avanços no campo da inteligência artificial, sucedendo à IA generativa que ganhou fama com o lançamento do ChatGPT. A grande diferença dos modelos de IA agentiva reside na sua capacidade de executar ações compostas por múltiplos passos, permitindo-lhes completar tarefas complexas para o utilizador.

 

Graças aos progressos feitos nos últimos anos em capacidades visuais e auditivas na IA generativa, estes novos modelos agentivos conseguem perceber o ambiente que os rodeia, raciocinar, planear e agir para atingir objetivos com uma intervenção humana mínima. Se a Amazon conseguir implementar com sucesso esta IA agentiva em robôs, estes poderão finalmente interagir com o mundo real de uma forma que hoje, como software a correr num computador, não conseguem.

 

Enquanto muitos se preocupam atualmente com o impacto da IA nos chamados "trabalhos de colarinho branco", o desenvolvimento de uma IA física pela Amazon poderá também afetar profundamente os trabalhos manuais.

 

Lab126: O berço da inovação da Amazon assume novo desafio

 

Este projeto ambicioso ficará a cargo da Lab126, a empresa de I&D da Amazon. Fundada há mais de duas décadas, a Lab126 é responsável pela criação de muitos dos dispositivos icónicos da Amazon, incluindo o Kindle, os tablets Fire, a Amazon Fire TV e os dispositivos Amazon Echo, entre outros. É um historial de inovação que agora se vira para o desafio da robótica avançada.

 

Robôs mais inteligentes nos armazéns: O futuro da logística da Amazon?

 

O impacto mais visível desta IA física desenvolvida pela Lab126 sentir-se-á, muito provavelmente, nos armazéns e na logística da Amazon. A empresa já manifestou a intenção de criar robôs capazes de executar tarefas com base em instruções dadas em linguagem natural. Como é habitual nas grandes tecnológicas, a Amazon afirma que estes robôs funcionarão como assistentes, mas é difícil não antever uma potencial redução da necessidade de trabalhadores humanos.

 

Do ponto de vista dos clientes, e baseando-se unicamente nos planos da Amazon para automatizar o trabalho nas suas instalações, poderemos assistir a um impacto indireto através de entregas mais rápidas e, potencialmente, custos mais baixos.

 

Para além dos computadores: A IA ganha corpo

 

A decisão da Amazon de se focar na IA agentiva para robôs é particularmente interessante, pois até agora as discussões sobre esta tecnologia têm-se centrado maioritariamente em aplicações de software, como é o caso de browsers inteligentes como o Opera Neon. A gigante do comércio eletrónico parece determinada em levar esta inteligência para o mundo físico.

 

A Amazon tem uma reputação de eficiência, por vezes levada ao extremo, como é conhecido no que toca à gestão dos seus trabalhadores de armazém. A criação de robôs que acelerem as atividades nos armazéns irá, certamente, impulsionar ainda mais a eficiência da empresa, podendo reduzir custos e melhorar a segurança.

 

As duas faces da moeda: Promessas e preocupações

 

O início do trabalho em IA física é apenas o próximo passo na evolução da inteligência artificial. À medida que a IA agentiva se torna mais sofisticada, as empresas procurarão novas fronteiras, e a IA física parece ser a aposta da Amazon.

 

Se esta tecnologia não resultar em despedimentos em massa de funcionários dos armazéns, poderá, no entanto, aumentar drasticamente a segurança no trabalho. Os trabalhadores poderiam sentir menos fadiga resultante da movimentação constante, o que levaria a uma maior concentração e menos acidentes. De momento, a Amazon garante que estes robôs serão apenas assistentes e não substitutos.

 

Embora a Amazon, com a sua vasta capacidade de investimento, vá certamente liderar o desenvolvimento da IA física, é provável que, uma vez disponível, esta tecnologia seja comercializada para outras empresas.

 

O que esperar a seguir? (E algumas ressalvas)

 

Apesar de ser um desenvolvimento notável, tudo indica que a Amazon ainda se encontra nas fases iniciais de desenvolvimento destes sistemas de IA física, dado que a equipa acaba de ser formada. Não se sabe ainda que produtos específicos a Amazon planeia construir ou quais os prazos para a sua implementação.

 

Desde o surgimento da IA generativa, a segurança da IA tem sido um tema central de discussão. Com a transição da IA para o mundo físico, surgirão inevitavelmente novas questões sobre segurança. As medidas atuais preocupam-se maioritariamente com software de IA a correr em computadores, e não com interações físicas com o mundo.

 

Finalmente, e talvez a maior preocupação: qual será o real impacto destes "assistentes" nos postos de trabalho? É provável que as empresas comecem por contratar menos novos funcionários, mas esta tecnologia poderá também levar à substituição de trabalhadores existentes. O futuro dirá como esta nova era da robótica inteligente irá moldar o panorama laboral.




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