O conceito de um lar inteligente deixou de ser uma visão futurista para se tornar uma realidade consolidada na maioria das casas em Portugal. Um novo estudo do Produto do Ano revela que a tecnologia doméstica conectada já faz parte do dia a dia dos portugueses, com os robôs de limpeza, eletrodomésticos e sistemas de iluminação a liderarem esta revolução silenciosa, motivada pela busca de conforto, conveniência e eficiência energética.
Robôs aspiradores são os reis da casa inteligente
Quando se fala de tecnologia doméstica, os portugueses já não pensam em algo distante. Os dados mostram uma adesão significativa, com os robôs de limpeza, como aspiradores e mopas automáticas, a encabeçar a lista, sendo utilizados por 21% dos inquiridos. Logo a seguir, surgem os eletrodomésticos inteligentes, como frigoríficos e máquinas de lavar roupa conectadas, com uma penetração de 17%.
A iluminação inteligente, que permite controlar as luzes através de um telemóvel ou por voz, está presente em 15% dos lares. A segurança também é uma prioridade, com câmaras e sistemas de videovigilância a serem adotados por 14% dos consumidores. Assistentes virtuais como a Alexa da Amazon ou o Google Nest são uma realidade para 13% dos portugueses, enquanto sistemas de som inteligentes (8%) e termostatos para climatização automática (6%) completam o cenário da crescente automatização doméstica.
Esta transformação digital dos lares nacionais é um fenómeno bastante recente. Mais de metade dos utilizadores (51%) começou a equipar a sua casa com estes dispositivos nos últimos três anos.
Conforto, conveniência e poupança ditam a escolha
As razões para esta forte adesão são claras. O principal motor é a procura de maior conforto e bem-estar, apontado por 32% dos participantes no estudo. A conveniência e a automatização de tarefas, que libertam tempo precioso, são valorizadas por 25%. A poupança energética, um fator cada vez mais importante no orçamento familiar, surge como a terceira principal razão, com 23% das respostas.
Os benefícios são sentidos diretamente na qualidade de vida. Cerca de 27% dos utilizadores afirmam que a tecnologia doméstica melhorou o seu dia a dia, principalmente por facilitar as tarefas domésticas, enquanto 26% destacam o aumento do conforto geral em casa.
O preço continua a ser o maior obstáculo
Apesar do entusiasmo, a expansão da casa inteligente enfrenta barreiras. O preço continua a ser o fator que mais pesa na decisão de compra para 23% dos consumidores, seguido de perto pelas funcionalidades práticas dos equipamentos (22%). A eficiência energética também é um critério importante para 18% dos inquiridos.
Sem surpresa, o custo elevado é apontado como o principal obstáculo à adoção de ainda mais tecnologia para 45% dos portugueses. Outras dificuldades incluem a perceção de complexidade na instalação e configuração (15%), a falta de conhecimento técnico para tirar o máximo partido dos aparelhos (14%) e, em menor grau, a desconfiança sobre a segurança e privacidade dos dados pessoais (9%).
Ainda assim, o futuro parece promissor, com 11% dos inquiridos a afirmar que, embora ainda não tenham dispositivos inteligentes, demonstram interesse em adquiri-los em breve.
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