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Logo da Tesla

 

Numa reviravolta notável, Elon Musk veio a público expressar "arrependimento" por alguns dos seus comentários recentes sobre Donald Trump. Esta súbita mudança de tom surge num momento crítico, precisamente quando o Presidente norte-americano se prepara para desferir um duro golpe na Tesla através de nova legislação e de um escrutínio regulatório cada vez mais apertado.

 

Uma guerra de tweets com consequências reais

 

A polémica estalou na semana passada, quando o CEO da Tesla lançou uma série de publicações na rede social X a atacar frontalmente Trump e o Partido Republicano a propósito de uma nova proposta legislativa, apelidada de “Big Beautiful Bill”. A ofensiva de Musk chegou ao ponto de insinuar que a razão pela qual Trump não divulga os ficheiros do caso Epstein é por estar ele próprio implicado.

 

A resposta da Casa Branca foi rápida e contundente. O Presidente ameaçou cortar todos os contratos governamentais e subsídios às empresas de Musk, uma medida que fez imediatamente sentir os seus efeitos na bolsa, com as ações da Tesla a sofrerem uma queda abrupta. Perante a pressão, Musk não demorou a recuar, apagando a maioria das suas publicações e chegando a enviar um emoji de um coração ao Presidente.

 

O passo final desta retirada foi dado agora, com o CEO a admitir publicamente o seu arrependimento numa recente publicação na rede social X, numa tentativa clara de apaziguar os ânimos e proteger os seus negócios da ira presidencial.

 

mensagem de elon musk sobre mensagens contra presidente trump

 

O contra-ataque legislativo à Califórnia e à Tesla

 

A "marcha-atrás" de Musk parece ter sido motivada por ameaças muito concretas. Segundo avança a agência de notícias Politico, Trump planeia assinar já esta quinta-feira três resoluções aprovadas pelo Congresso que visam reverter as regras de emissões de veículos mais rigorosas do estado da Califórnia.

 

Estas regras, adotadas por vários outros estados, são um dos pilares do mercado de veículos elétricos nos EUA e beneficiam diretamente a Tesla. Ao anular o direito da Califórnia de definir os seus próprios padrões, a administração Trump estaria a minar uma vantagem competitiva crucial para a fabricante e para todo o setor dos elétricos. O estado da Califórnia já anunciou que irá contestar a decisão em tribunal assim que esta for formalizada.

 

O serviço de robotáxis também está na mira

 

Como se a frente legislativa não fosse suficiente, a Tesla enfrenta outra batalha iminente. A empresa tem até ao dia 19 de junho para responder a um pedido de informação da NHTSA (a agência federal de segurança rodoviária) sobre o lançamento do seu serviço de robotáxis em Austin.

 

O lançamento, que Musk apontou agora para o dia 22 de junho, depende inteiramente do sistema "Supervised Full Self-Driving", que se encontra atualmente sob uma investigação aprofundada pela mesma agência federal. A NHTSA tem o poder de bloquear o arranque do serviço antes mesmo que este comece a operar, o que representaria mais um sério revés para a empresa.

 

O timing do conflito iniciado por Elon Musk não poderia, assim, ser pior, colocando a Tesla numa posição de extrema vulnerabilidade face a um poder político determinado a usar todas as ferramentas ao seu dispor.




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