Os utilizadores do Windows 11 no Espaço Económico Europeu (EEE) vão em breve receber uma nova funcionalidade chamada "Recall Export". Esta ferramenta permitirá partilhar as controversas capturas de ecrã, ou snapshots, que o sistema operativo faz da atividade do utilizador, com aplicações e sites de terceiros. A novidade está a chegar primeiro aos Windows Insiders, mas levanta questões de segurança importantes.
Como funciona a exportação e porque deve guardar o código?
Dado que os snapshots do Recall são encriptados, ao utilizar a funcionalidade pela primeira vez, o sistema apresentará um código de exportação. A Microsoft alerta que este código será mostrado apenas uma vez, sendo crucial guardá-lo num local seguro. Será este código que permitirá a uma aplicação ou site de terceiros decifrar os dados exportados.
Se perder o código — ou se alguém mal-intencionado o obtiver — a única solução será repor completamente o Recall. Este processo gera um novo código, mas apaga irremediavelmente todos os snapshots guardados anteriormente. A Microsoft já avisou que "não tem acesso ao seu código de exportação e não o pode ajudar a recuperá-lo em caso de perda".
Os utilizadores poderão optar por exportar os snapshots dos últimos 7 ou 30 dias, ou a totalidade dos dados capturados. Existe ainda a opção de configurar uma exportação contínua para uma pasta à escolha. Ambas as alternativas exigem autorização através do Windows Hello para maior segurança.
O controverso regresso do Recall
Para quem não se recorda, o Recall é uma das funcionalidades mais polémicas do Windows 11. Anunciada no evento Build de 2024, a ferramenta regista a atividade do utilizador através de capturas de ecrã a cada poucos segundos, permitindo uma pesquisa posterior sobre tudo o que foi feito no computador.
A ideia gerou um enorme alvoroço sobre questões de privacidade, sendo considerada por muitos um "pesadelo de segurança". A forte reação negativa levou a Microsoft a recuar e a retirar a funcionalidade, que mais tarde regressou numa versão revista e, supostamente, mais segura. A introdução desta capacidade de exportação poderá estar relacionada com requisitos de conformidade de dados na Europa.
Outras novidades a chegar ao Windows 11
Juntamente com a função de exportação, outras alterações ao Recall estão a ser distribuídas aos Windows Insiders com PCs Copilot+. Estas incluem a capacidade de apagar todos os dados da funcionalidade e uma alteração importante no armazenamento: o limite máximo, que antes era ilimitado, passa a ser de 90 dias por defeito nos novos PCs.
Por fim, e com algum entusiasmo, a Microsoft anunciou estar a implementar "uma funcionalidade altamente solicitada do Windows 10". Seria o regresso do antigo Menu Iniciar? A compatibilidade com hardware mais antigo? Infelizmente, não. A grande novidade é que o relógio na barra de tarefas pode agora ser maior e incluir segundos, logo acima da data e hora no centro de notificações.
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