O mercado de processadores para desktop pode estar prestes a sofrer um grande abanão. A Intel parece estar a preparar a sua terceira geração de processadores Core Ultra, e se uma recente fuga de informação estiver correta, os utilizadores podem esperar atualizações muito significativas com a série Core Ultra 300, de nome de código "Nova Lake-S".
A informação foi partilhada pelo utilizador @g01d3nm4ng0 na rede social X, que publicou uma lista detalhada de sete futuros processadores para desktop da Intel. A lista abrange desde os modelos de entrada Core Ultra 3 até um impressionante topo de gama Core Ultra 9 com um número de núcleos que promete redefinir o desempenho.
O adeus à arquitetura híbrida tradicional: entram os núcleos de baixo consumo
Segundo a fuga de informação, o modelo de topo da nova família contará com uns impressionantes 52 núcleos, operando sem a tecnologia hyperthreading. No entanto, estes não são núcleos tradicionais como os que encontramos em processadores HEDT. A Intel irá, ao que tudo indica, dividir estes núcleos em três categorias distintas: desempenho (P-Cores), eficiência (E-Cores) e, a grande novidade para os desktops, baixo consumo (LP-Cores).
Até agora, os processadores de desktop da Intel, desde a 12ª geração (Alder Lake), utilizam uma configuração híbrida com P-Cores para tarefas exigentes e E-Cores para tarefas mais leves. A introdução dos LP-Cores, que já fizeram a sua estreia nos processadores móveis Core Ultra de primeira geração (Meteor Lake), tem como objetivo otimizar ainda mais a eficiência energética, dedicando estes núcleos a tarefas de fundo com um consumo mínimo de energia.
Core Ultra 9: O novo monstro com 52 núcleos e mais para todos
O grande destaque da fuga de informação é, sem dúvida, o futuro Core Ultra 9. Este processador virá alegadamente equipado com 16 núcleos de desempenho, 32 núcleos de eficiência e 4 núcleos de baixo consumo. No outro extremo, o Core Ultra 3 mais acessível contará com uma configuração de 4 núcleos de cada tipo, totalizando 12 núcleos.
A lista de modelos e as suas respetivas configurações de núcleos seriam as seguintes:
- Core Ultra 9: 16 P-Cores, 32 E-Cores, 4 LP-Cores (150W TDP)
- Core Ultra 7: 14 P-Cores, 24 E-Cores, 4 LP-Cores (150W TDP)
- Core Ultra 5: 8 P-Cores, 16 E-Cores, 4 LP-Cores (125W TDP)
- Core Ultra 5: 8 P-Cores, 12 E-Cores, 4 LP-Cores (125W TDP)
- Core Ultra 5: 6 P-Cores, 8 E-Cores, 4 LP-Cores (125W TDP)
- Core Ultra 3: 4 P-Cores, 8 E-Cores, 4 LP-Cores (65W TDP)
- Core Ultra 3: 4 P-Cores, 4 E-Cores, 4 LP-Cores (65W TDP)
Nova plataforma, novas exigências: Prepare a carteira
As novidades não se ficam pela arquitetura dos núcleos. Aprofundando a fuga de informação, o utilizador @jaykihn0 na rede social X acrescenta que a plataforma Intel Nova Lake-S trará suporte nativo para memórias a 8000 MT/s, um salto considerável na velocidade. Adicionalmente, contará com 32 linhas PCIe Gen 5 e 16 linhas PCIe Gen 4, totalizando 48 linhas disponíveis entre o CPU e o chipset.
No entanto, há um detalhe que poderá não agradar a todos. Os entusiastas da Intel devem preparar-se para, mais uma vez, mudar de plataforma. Tudo indica que a geração Nova Lake-S irá exigir um novo socket, o LGA1954, o que significa que será necessário investir numa nova motherboard para usufruir destes processadores.
Se estes rumores se confirmarem, a Intel está a preparar uma das suas mais ambiciosas atualizações para o mercado de desktops, focando-se não só no desempenho bruto, mas também numa gestão energética muito mais granular. Resta agora aguardar por uma confirmação oficial por parte da empresa.
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