Parece que a administração Trump está inclinada a permitir que o TikTok continue a sua operação nos Estados Unidos. Com o prazo final para a venda dos seus ativos a aproximar-se rapidamente, a 19 de junho, o Presidente Donald Trump já sinalizou que poderá conceder uma nova extensão à plataforma.
Falando aos jornalistas a bordo do Air Force One na passada terça-feira, e questionado sobre a possibilidade de alargar o prazo, Trump foi direto: "Provavelmente, sim. Provavelmente teremos de obter a aprovação da China, mas penso que a conseguiremos. Acho que o Presidente Xi acabará por aprová-la", afirmou, segundo a Reuters.
Se se confirmar, esta será a terceira vez que o TikTok ganha fôlego para resolver o seu futuro em solo americano, um drama que se arrasta desde o início do ano.
O historial de um negócio em suspenso
A saga começou pouco depois de Donald Trump assumir o cargo de 47.º Presidente dos EUA, a 20 de janeiro. Após uma breve proibição de 14 horas no dia anterior, Trump assinou um decreto presidencial que concedia ao TikTok um período de 75 dias para se desvincular da sua empresa-mãe chinesa, a ByteDance, e encontrar um comprador americano.
Durante este período, gigantes como a Microsoft, Oracle, Perplexity AI e Amazon mostraram interesse na aquisição, mas nenhum acordo chegou a ser finalizado. Quando o primeiro prazo estava prestes a expirar, a 5 de abril, um novo decreto presidencial concedeu mais 75 dias à plataforma. Agora, com o segundo prazo a terminar, tudo indica que a história se irá repetir.
Uma notável mudança de posição
Esta aparente boa vontade de Trump para com o TikTok contrasta fortemente com a sua postura durante o primeiro mandato presidencial, quando defendia ativamente a proibição da aplicação. A mudança de atitude parece estar ligada aos acontecimentos após o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2024, que levaram à sua suspensão de plataformas como as da Meta.
Após este bloqueio, Trump aderiu ao TikTok, reconhecendo o potencial da plataforma para alcançar um público mais jovem, uma ferramenta que se tornou valiosa para a sua comunicação.
Por agora, o destino do TikTok nos Estados Unidos continua numa balança instável. Embora não haja clareza sobre quantas extensões mais a empresa poderá receber, é evidente que a administração atual prefere encontrar uma solução de venda em vez de um encerramento definitivo da popular aplicação de vídeos curtos.
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